terça-feira, dezembro 31, 2013

Finda 2013. Viva 2014.Viva 2015!

Sempre adufando por aí. Bom ano!

sexta-feira, setembro 14, 2012

Still here...

terça-feira, janeiro 15, 2008

Em 2008 limpando o pó à velha casa.
Feito!

domingo, outubro 21, 2007

O Adufe agora está aqui, em Adufe.net.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Às vezes tenho saudades do velho tasco onde tudo começou.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Still here!

terça-feira, junho 13, 2006

Adivinhem quem mudou de casa outra vez?
O Adufe, pois então!!!
Agora mora no blogsome, mais precisamente em adufe.blogsome.com.

sábado, outubro 22, 2005

Oi, pois não?

domingo, janeiro 30, 2005

Picando o ponto em 2005. O adufe continua no weblog.com.pt.

terça-feira, setembro 21, 2004

Ora deixai-me cá dar aqui uma pequena varridela que já regresso à "nova" casa.
Um ano depois.

domingo, março 28, 2004

Olá!!!!

sexta-feira, outubro 10, 2003

Beam me up Scotty!

Hoje, 10 de Outubro de 2003, terminei de exportar este Adufe.blogger para o novo Adufe.pt.
Passem por lá, actualizem os links caso os tenham e vejam interesse nisso.
Se não quiserem actualizar e utilizar este Adufe como trampolim também é um conceito interessante: ginástica no hiper-espaço!
Bem hajam.

terça-feira, setembro 23, 2003

ADUFE.PT

Amigos:

Salvo motivo de força maior (cataclismo no weblog.com.pt) este blog que agora vêem vai deixar de ser actualizado.
Mudei de casa (ainda faltam umas bugigangas). Fica aqui contudo o álbum de fotografias, cartas e emoções. O meu primeiro blog... minto, segundo. O primeiro é esse outro meio secreto que se chama Portal - País Abreviado.
Em suma, não fechei para obras, estou simplesmente numa casa que espero mais airosa. Ainda há-de levar umas quantas demãos de tinta, umas afinações. Mas se o construtor fôr de confiança, como este do blogger não é, espero por lá ficar à vossa espera. E o lá é este: http://adufe.weblog.com.pt.
Até já.
Bem hajam.

P.S.: durante mais uns dias vou fazer actualizações fictícias neste endereço para chamar leitores irregulares a este post e avisá-los assim da mudança.
P.P.S.: Ainda um agradecimento especial ao Psicótico: o Adufe.pt já surge na listagem dos Fresco. Já reparam em como estão bonitos os frescos?
Reflexo de Adufe.pt
Sociedade Ponto Verde / Reciclagem

Tenho em carteira dois contributos sobre o tema do título. É umatema a que recorrentemente tenho dado destaque no Adufe. Assim que puder fazer uma resenha da discussão passada (e espaçada) apresentarei essas contribuições que recebi por mail. Parece-me que a nova casa me trouxe também novas visitas, leitores diferentes, pelo que para retomar o tema prefiro repetir um pouco a história. Em breve...
Reflexo de Adufe.pt
Terras do Nunca (act.)

Já me ri a valer com uma entrada do Terras do Nunca onde se diz que "O Adufe inventou a estereofonia na blogosfera.". Diz que vai aguardar pelo relato da minha experiência de migração para o domínio .pt via weblog. Mas parece que independentemente do relato que eu venha a fazer o BLOGGER fez das suas vitimando o Terras do Nunca. A última vez que lá foi a interpretação de caracteres finou-se e li por lá o que se segue nas condições que reproduzo:
"Adufe estéreo
O Adufe inventou a estereofonia na blogosfera. Ouve-se aqui e aqui.
Há umas semanas que andava a pensar no mesmo, maioritariamente por questões estéticas - os blogues da Weblog são bem mais bonitos.
Agora, preguiçosamente, vou esperar que o Adufe conte. Como foi? É muito difícil? Há vantagens técnicas?
Piada lateral só para irritar os do costume: e se, num gesto de anti-americanismo primário, abandonássemos todos (enfim, os do costume, topam?) o Blogger?
Segunda piada para irritar os mesmos: 28 anos depois, regressam as nacionalizações. Abaixo o capitalismo internacional, o imperalismo, o Blogspot e quem o apoiar."


Weblog.com.pt é agora ou nunca!
P.S.: Já está tudo bem em terras de Peter Pan. Obrigado pela referência :)
Reflexo de Adufe.pt
Faço minhas as suas palavras III

O Padre António Vieira disse uma vez que a Inquisição era uma fábrica de judeus. Hoje, se lhe quisermos seguir o exemplo e fazer algo de decente por nós e pelo próximo, a primeira coisa que temos de compreender é que o SEF, tal como está, é uma fábrica de ilegais. in Barnabé
Reflexo de Adufe.pt
Os Tops

Reparei agora que ante-ontem (dia 21) este Adufe.pt foi o 15º blog mais visitados entre os que estão alojados no weblog.com.pt. De falta de ouvintes que vêm à prova não me posso queixar. Espero que voltem daqui a mais uns dias quando tiver a casa arrumadinha e poder oferecer um cházinho com torradas em condições. :)))
Bem hajam.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Espelho de Adufe.pt
Andava eu aqui nas limpezas...

...link para aqui, link para ali, a montar "prateleiras" quando me lembrei: já há 15 dias que não há notícias do mestre de Aviz. E não há maneira de se vislumbrar um nevoeirozinho sequer :)
Espelho de Adufe.pt
Blogo, ergo...

Como informa o Leonel, na América (EUA) já houve quem se chegasse à frente apresentando-se em campanha eleitoral na blogo-esfera.
Então e por cá? JPP à parte, quem acham que vai ser o primeiro político a atrever-se a expôr diariamente - ou quase - o seu pensamento "em blogue"?
Sujeitar-se-á ao contraditório? Provavelmente será da oposição esse novo navegante, mas quem? E de que forma? É só uma questão de tempo...
Espelho de Adufe.pt
Mais um...
...agradecimento ao Ter Voz por ter actualizado prontamente o link.

domingo, setembro 21, 2003

Espelho de Adufe.pt
A Espuma dos Dias

Estou em vias de vir aqui descarregar mais um camião com post que editei no Blogger de 2 de Julho até hoje. Deixo aqui só uma palavra de gratidão aos que estão a oferecer o seu apoio e conhecimentos para facilitar ou acelerar esta mudança (espreitem as caixas de comentários dos últimos post) e também à Sarah da Espuma dos Dias que, se não me engano, foi a primeira a dar outro tipo de apoio, precioso, que é de começar a passar a palavra com um link no seu blog para este novo endereço.
Obrigado. E agora maos à obra!
Amigos...

Estou cada vez mais farto do Blogger.
Nos próximos tempos poderão aceder ao ADUFE neste endereço e também neste ADUFE.PT. Se se provar, como me têm dito, que o editor é mais estável, assim como todo o serviço, é provável que venha a abandonar o Blogger. Mas esse diagnóstico será feito mais adiante. De qualquer forma para quem quiser tomar nota já aqui deixei o novo endereço - a página no weblog está ainda em construção.

sábado, setembro 20, 2003

New kid on the block



Promete este Mundo de Cláudia.
"The power of accurate observation is commonly called cynicism by those who have not got it. - George Bernard Shaw"

Aos poucos, amigos de fora aparecem nesta outra esfera. Ainda bem ;)
Editei um post sobre a Íntima Fracção aqui.
No ar!

I


“...finalmente música na antena, vejam se se lembram destas...
«Is this the real life, / is this just fantasy / Caught in a land-slide / No escapes from reality.»” * O som foi sem dúvida o que primeiro me atraiu para a rádio. Podia ter sido a cor do aparelho que estava lá no alto, no cimo da mesa da cozinha, podiam ter sido os inúmeros botões e manipulos que mal adivinhava, mas não, no início foi apenas o som. Era totalmente diferente dos que conhecia. Entretanto, vieram os livros de B.D., a escola, a brincadeira e a correria, os deliciosos anúncios na televisão e os desenhos animados... Durante algum tempo, a rádio permaneceu, apenas, vagamente presente. Fui crescendo e os botões do aparelho de rádio começaram a ser mais atraentes. Girar a rodinha de sintonização era extremamente divertido; adorava engasgar as vozes que ouvia e deturpar a música que tocavam com o ruído do espaço vazio da FM.

II

«I can’t seem to face up to the facts / I’m tense and nervous and I can’t relax / I can’t sleep ‘couse my bed’s on fire / don’t touch me I’m a real life wire!» *
Com o tempo, fui tendo cada vez mais liberdade para escolher e ditar qual a rádio a ouvir. Existindo apenas um rádio com FM em casa, tive que vencer as naturais resistências dos meus pais que, com as suas preferências já definidas, não viam qualquer sentido em errar pelas ondas. Ainda assim, consegui descobrir diferentes sons musicais, comecei a descobrir toda a informação que se fazia e, fundamentalmente, descobri maneiras totalmente diferentes de fazer rádio. Infelizmente, também não demorei muito tempo a descobrir que eram apenas quatro ou cinco as emissões nacionais. Então, comecei a reexplorar todos os botões do rádio e a conhecer novos “mares”. Acreditam que o que mais ouvi nessas frequências desconhecidas foi a conversa de pescadores portugueses e espanhois?! Nada de BBC, nem de Deutsch Wella, nem de Radio Luxembourg como prometiam as letras coloridas do mapa de sintonias, apenas um linguajar estranhíssimo entre comandantes de traineiras e emissões em código dignas dos ritmos “Dance Music”.

III

«Lembras-me uma marcha de Lisboa / num desfile singular / quem disse que há hora
e momento para se (...)»*

...Informar. No final da década de oitenta surgiram as “rádios piratas” e entre elas aquela que incontestavelmente deixaria a primeira grande marca de mudança no panorama rádiofónico nacional. Falo de uma emissora sediada em Lisboa que, como tantas outras, atravessou tormentas e tempestades e enfrentou batalhas quase ignoradas tendo conseguido, como poucas, chegar até hoje, com a essência do que lhe deu fascínio, ainda intacta : a TSF Rádio Jornal.
Os Dias da Rádio haviam regressado a Portugal, não só devido ao grande abanão dado pela TSF-RJ, nem à sã maluqueira dos brasileiros da Rádio Cidade, mas, fundamentalmente, devido às centenas de emissoras que surgiram como cogumelos um pouco por todo o país. Aliando a este factor o fenómeno paralelo da redescoberta da rádio pelo próprio ouvinte, esta viu relançado o seu papel na sociedade portuguesa, recuperando um lugar que fora perdendo, progressivamente, desde o aparecimento da televisão. Para o ouvinte, era espantoso ver aparecer um novo “pirata”, quase todos os dias, com as ideias mais incríveis, mostrando um enorme gozo no que estava a fazer.
Os meses foram passando e os atropelos de frequências sucederam-se mas, ainda antes do grande silêncio do natal de 88 - altura em que as emissões “piratas” foram proibidas- houve tempo para se ir compreendendo até que ponto pululavam trabalhos interessante, diferentes e desde logo notados como indispensáveis à rádio portuguesa.

IV

“...and if I die before I wake pray the lord my soul to take.” *
Certo dia de manhã, estava um rapazinho ainda deitado, gozando as férias e o finzinho dos seus 12 anos, quando ligou o recém adquirido radio a pilhas e viu mais do que a luz vermelha do aparelho, “viu” Lisboa a arder. Pulou da cama e correu para a cozinha ligando o, já velho, transistor “tamanho família”. E foi então que aconteceu uma coisa fantástica, pelo menos para uma criança de doze anos. Não haviam passado cinco minutos de empolgante e aterrador directo feito da zona do Chiado e o rádio começara literalmente a arder, sempre sem se calar. Imaginem o que passou pela cabeça deste inocente ouvinte! Só consta que tenha dito: “Fixe!”.

“If it be your will that I speak no more, and my voice be still as it was before; I will speak no more, I shall abide until I am spoken for, if it be your will.” *
A “pirataria” acabou e quando a lei foi escandalosamente reposta - quem estava atento então sabe ao que me refiro - os novos dias da rádio em Portugal estavam institucionalizados. Não mais deixei de ouvir a surpreendente TSF - que nem só de sínteses noticiosas se faz esta rádio, não senhor -, mas também nunca abandonei a minha alma de navegador errante. Actualmente colecciono pérolas na lutadora XFM [texto de 1995] e em qualquer outra emissora que me prenda nos breves segundos em que lhe faça abordagem no percurso dos 87.5 aos 108 Mhz.

V

“ I’d sit along and watch your light / my only friend through teenage night / and everything I had to know / I heard it all in my radio.” * Aí por volta dos 16 anos passei a fazer algo que conscientemente sempre recusara fazer: conhecer o mundo da música. Sempre ouvira música e ia já muito longe o primeiro arrepio na espinha que ela me provocara, posso até dizer que era mesmo um amante de música, mas totalmente desinteressado, mesmo da mais corriqueira intriga acerca desta ou daquela estrela pop. O que eu sei é que, desde então, tenho tido um gozo danado em redescobrir - porque muitas das vezes é disso que se trata - os grupos, cantores e músicos que encheram o ”eter” nos últimos vinte anos. Não raras vezes, tenho tido a surpresa espantosa de descobrir que, ainda que inconscientemente, tinha grupos e interpretes favoritos.
Mas nem só o aparelho auditivo “explodiu” com 16 anos, também a cabecinha começou a girar mais depressa. Interrogar, reflectir e explorar a informação que ia ouvindo pela rádio tornou-se um passatempo estimulante. Bem mais estimulante do que ler um livro, pensava eu - hoje evito a comparação.
A comparação que faço é entre a rádio de hoje e a que ouvia à 7, 8 anos. Na minha opinião, apesar dos muitos projectos já abortados, o balanço final, ou seja, o que é feito pelo ouvinte, só pode ser positivo. Neste momento, temos excelentes rádios generalistas, temos excelentes rádios especializadas, no fim de contas, temos emissões para todos os gostos. [1995] E digo isto, porque de entre os três grandes meios de comunicação social que me ocorrem - televisão, rádio e imprensa - este é, sem dúvida, o que, no seu processo de desenvolvimento, melhor preencheu todo o conjunto de eventuais «nichos de mercado» ao seu dispor. Em suma, foi o que melhor os detectou e foi o que demostrou melhor capacidade em os completar. Há, no entanto, uma grande nuvem negra que ameaça este cenário. Paradoxalmente, a indústria radiofónica esqueceu-se, até muito tarde, de algo que não escapou à preocupação dos outros dois meios de comunicação: a publicidade. Houve graves erros de gestão comercial em inúmeras rádios e, principalmente ao nível da publicidade radiofónica, chegou-se até a acreditar num esgotamento criativo que não estimulou nada o investimento dos anunciantes. Nesta altura e falando apenas como simples ouvinte, começo a ficar surpreendido com o humor e originalidade de alguns anúncios que surgem [1995]. Talvez o humor de qualidade não esteja longe de nós e uma escola de publicidade humorística radiofónica surja em Portugal - facto, em si, nada inédito na história da rádio mundial.

VI

No meu papel que é o de receptor, ouço rádio com um espírito profundamente crítico, tentando não perder de vista a capacidade de ser arrebatado pelo que recebo. E nesses momentos especiais lembro-me da magia particular de uma visão ingénua da rádio:

No ar!
Imagino um barco que navega suspenso sobre as ondas,
sempre no ar, sem as tocar...
Imagino-o a passar pela minha praia, cheio de gente!
Ainda não tenho histórias para contar...
Que se esconde por detrás daquelas vozes? Como é aquele olhar?

A rádio continua a gerar paixões e, se não acreditam, resigno-me a espicaçar o comum ouvinte que me lê a que descubra as pérolas no mar da rádio, porque as há, ainda que por vezes no mais insuspeito dos atóis. Descubram, inquietem-se, sobressaltem-se. Nunca somos demais.

* As frases em itálico são excertos de poemas de (por ordem de aparição):
Queen, “Bohemian Rapsody”; Talking Heads, “Psico Killer”; Trovante, “Memórias de um beijo” ; Leonard Cohen, “If it be your will”; Metallica, “Enter Sandman” - excerto da Oração da Noite praticada pela generalidade dos cristãos; Queen, “Radio GAGA”

Linha de Sintra, ao som da rádio, 11 de Setembro de 1995 (proto-blogue portanto)
*************************

Uma memória.
E depois surgiram os blogues...
Na altura em que escrevi este texto ouvia diariamente a Íntima Fracção, hoje recuperei essa paixão. Afastei-me sabendo sempre que no meio da noite estava lá um cantinho acolhedor, pleno de capacidade para provocar deslumbramento, apenas pelo som. Um cantinho de grandes janelas onde entrava, nesse entretanto, quase sempre de surpresa, quase sempre com comoção. Imaginando por vezes o além da voz, imaginando quem partilhava esta intimidade nos seus outros cantos...

Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para ouvir. A Cristina Fernandes e o Mário Filipe tomaram a iniciativa de tentar coleccionar ideias para a continuidade da Íntima Fracção. No meio da noite não é o silêncio... é o barulho do coração
A blogoesfera portuguesa acabou

"(...) É o caso do blog Muito Mentiroso. O autor desta página aproveita a total liberdade de expressão oferecida pela net para «libertar» «informações» (?) polémicas sobre o processo Casa Pia (...)"

A jornalista Patrícia Maia (TSF), duvida, não mais do que isso, que o que surge no MM seja notícia. Oferece-nos um ponto de interrogação adiante de umas «informações» entre aspas. A Patrícia é jornalista: o que vem no MM só é notícia se a Patrícia o confirmar. É notícia Patrícia Maia? Se não é, ou não sabe, o que é isto que oferece ao público? Para que é serve ser-se jornalista?
Por cada vez que se toca a campainha morre um mandarim na China. Mas será que morre mesmo? Deixa-me cá tocar...

O que interessa mesmo é o MM.
Vejo o MM no emprego, vem por mail ou em papel. Curiosamente toda a gente lê, do miúdo ao graúdo. Vejo o MM no autocarro, várias vezes ao dia. Até já vi o MM na valeta, abandonado por um qualquer.

Leiam todos o MM. Uma vez. Só uma vez. E depois parem um bocadinho e pensem bem. Pensem muito bem porque é que querem voltar lá, ou porque é que não querem voltar lá. Pensem bem no que é que leram. Imaginem-se não só leitores. Imaginem-se notícia. E depois, que tal escreverem sobre o que pensaram? O MM é bom? É mau? Porquê? Podem até pôr as palavras num blogue. No final discutam as ideias dos outros, sobre o MM. Se o fizerem têm boas probabilidades de ficar vacinados. É só um conselho que vos empresto.
Estivemos a ver...

...o "8 Mulheres". Um filme que fugiu de mim, ou eu dele, quando esteve em cena. Um delírio. Como são belas as mulheres.
Gostava de ver a peça... Por cá (outra vez?). Ora deixa-me cá pensar num elenco...

sexta-feira, setembro 19, 2003

Quantos livros lê por ano?

Dois terços das pessoas que responderam (num total de 69) lêem mais de 5 e menos de 40 livros por ano.
Ontem tinha uma ideia brilhante para uma pesquisa mas... varreu-se-me.
Anda por aí tanta nostalgia da meninice...


Lembram-se? Te Acuerdas?
Faço minhas as suas palavras II

3 dias: Uma procuradora sueca pediu o prolongamento da prisão preventiva do suspeito de ter assassinado a Ministra dos Negócios Estrangeiros Anna Lindh. O suspeito está preso há três dias, esgotando-se hoje o prazo máximo da prisão preventiva permitida na Suécia. Por aguardarem os resultados dos testes de ADN do suspeito, as autoridades suecas solicitaram o prolongamento especial da prisão preventiva que, em todo o caso, não poderá ultrapassar as duas semanas. Repito: são três dias, no máximo duas semanas. MVS

in País Relativo
Actualizando links...
Sending shivers down by spine...

Sem nada mais que a espuma dos dias...
Carlos Vaz Marques publicou o seguinte no Outro, Eu:
MM A SIC, no Jornal da Noite, acaba de dar destaque à existência do blogue de denúncias anónimas sobre o processo Casa Pia. Pedimos desculpa por esta interrupção, o jornalismo segue dentro de momentos.

Eu acrescento: E se nas notícias da SIC o calibre das fontes for o mesmo?...
Esta dúvida parece-me agora mais razoável.
Fly on a Windshield.

There's something solid forming in the air,
And the wall of death is lowered in Times Square.
No-one seems to care,
They carry on as if nothing was there.
The wind is blowing harder now,
Blowing dust into my eyes.
The dust settles on my skin,
Making a crust I cannot move in
And I'm hovering like a fly, waiting for the windshield on the freeway.


"The Lamb Lies Down on Broadway Lyrics", Genesis, 1975
May the force be with you.
Fantasias, quais fantasias?

quinta-feira, setembro 18, 2003

Outono / Inverno 94
No Jardim do Campo Pequeno




Que tarde mais chocha, esta!
Nem chuva, nem sol; não está calor, nem frio; só cinzentos ou acastanhados.
Apenas um ventinho maroto vai desguedelhando e empurrando às rajadas os que passam pelo jardim.
Visto aqui dum banco bem no meio, o jardim parece uma ténue ilhazinha que termina a poucos metros, na primeira barragem de automóveis estacionados que o cercam. De facto, é difícil imaginar um jardim, mesmo daqui. Ainda assim, num intervalo entre dois aviões, as copas dos jacarandás e das restantes árvores lá nos vão dando a ilusão desejada de infinitude que hoje se resume ao espesso cinzento, facilmente depressivo.


Mato o tempo com bocejos sucessivos; olho para todos os lados menos para o livro que me ocupa as mãos. Ainda tenho mais quarenta minutos de espera pela frente. Tomo consciência do livro e agarro-me a ele com ganas de o devorar procurando uma fuga absorvente: ora onde é que eu deixei o Gineto...

- Dá-me licença? - Com uma sonora e inesperada interpelação sou retirado bruscamente do torpor a que me começava a entregar. Trata-se dum indivíduo de estatura média, magro, cabelo fraco, de rosto bem vincado por alguns pontos de tensão frequentes; para aí na casa dos quarenta. Ora essa! respondo, enquanto ajeito os cadernos com que ocupava a metade esquerda do banco. O indivíduo senta-se, cruza as pernas, acende um cigarro e assim fica algum tempo, olhando a avenida do outro lado, tendo sempre o cuidado de desviar o escape para bem longe de mim. Olho-o de soslaio e parece-me muito triste. Não vislumbrando sequência para a impetuosidade da interpelação, regresso ao meu livro, mas...
- Olhe para aquilo! Um gato pingado com uma ventoinha de arame a cortar a relva! E mais! Olhe para o que alí vem, duas marafonas, duas baleias! Como é que põem gente desta a tratar dos nossos jardins! E olhe que não é por serem de cor, pois os meus melhores amigos são pretos, mas trazerem imigrantes que nem o português sabem falar e que levam quase três horas a limpar este dedal! Sinceramente! Ah! Quando eu me lembro do antigamente! Os jardineiros, fique sabendo, eram às centenas. E os jardins... Eram autênticas obras de arte! Desde a Praça do Império ao Campo Grande. Não é preciso ir mais longe, este jardinzinho aqui, era um brinco! Mas desculpe estar assim a aborrece-lo, é que uma pessoa tem que desabafar, senão... ainda faz alguma asneira! Desculpe. É estudante, não é? Queira desculpar o desabafo.

Ainda meio apalermado com a nova tirada, repito-me com mais um “ora essa” acompanhado por um sorriso de cortesia. Insisto na leitura mas a irrequietude que ia ali à minha esquerda não agourava um futuro recatado. Fecho o livro e espero a nova intervenção, disposto a alinhar. Agora que bem penso, sempre quis saber o que dizem dois estranho que se encontram assim num banco de jardim.

- Desculpe lá chateá-lo outra vez ...
- Qual chatice! Para ser sincero, estava aqui a desperdiçar páginas do livro... Diga lá.
- O senhor é jovem e certamente já ouviu falar como isto era antes do 25 de Abril, não é verdade? Pois bem, não quero que pense que eu gostava do Salazar e da ditadura, mas há coisas que não há meio de voltarem a ser, pelo menos, tão boas como dantes! Olhe a segurança, por exemplo! Quase toda a gente tem medo de sair à noite. Eu, por exemplo, nunca saio à noite sem a minha Mauzer. Ainda o ano passado, numa noite, por volta das dez, dois putos tentaram assaltar-me aqui mesmo no jardim. Olhe, foi ali naquele banco. Um fica de atalaia por estas bandas e o outro aproxima-se e pede-me um cigarro. Mostro-lhe a pistola e pergunto-lhe se não quer fumar um bocadinho do meu «charuto». Não é que se põe a correr aos berros pela avenida a baixo? O outro apanhou tal cagaço com a cena que se estatelou no chão quando fugia ali para ao pé da praça de touros. Ha! Ha!... Mas já viu se eu não estivesse armado?
- Desculpe lá interrompê-lo, mas se todos usássemos armas era capaz de ser um bocado mais perigoso...
- Bem, bem, mas eu andei na tropa e tenho licença... Gosta de filmes do Charles Bronson? Aquele que faz quase sempre se mau? Conhece? Pois é, já reparou como só acerta nos que é preciso? Nunca falha! Se houvessem dois ou três como ele... Um ali no Parque Eduardo Sétimo, outro na Avenida da Liberdade... Era uma limpeza. Bem sei que é um exagero, mas pelo menos a polícia a cavalo, caramba! Dantes era um respeitinho.
- Nem as moscas voavam sem autorização, segundo creio...
- De facto, era uma ditadura e pronto! E também eram tempos difíceis... Não desvalorizo os problemas de hoje, logo os dos jovens, a incerteza, o desemprego... Mas olhe que eu também passei um mau bocado. Nasci ali em Alfama, conhece? Não tive brinquedos, nem a quarta classe acabei... Bem vê, éramos quatro irmãos, a minha mãe sempre a conheci prenhe e meu pai sempre grosso, uma besta, o desgraçado! Era um bufo, passava a vida em cafés e bares a tentar apanhar... enfim, descontentes com o regime. Trabalhava para o Nove Dedos e outros como ele, fazia todo o tipo de imundices. Que disparate! O senhor não deve estar a perceber nada, não é? O Nove Dedos era um pide, aliás, era o Pide mais conhecido da ci-da-de. O terror em pessoa. Acredita que o tipo engraçou comigo?! Andava sempre a perguntar-me como ia a escola. Até me dava uns trocados sem que eu lhe pedisse! Vá se lá saber porquê. O meu pai é que não me ligava nenhuma. Com ele era matemático: chapa ganha, chapa gasta. Putas e vinho verde, como se costuma dizer. Já viu, quatro crianças, a mãe grávida: uma miséria. Um dia chegou completamente louco a casa e começou a arrear na minha mãe, mesmo assim, naquele estado! Fui aos arames, devia ter onze anos, mas já tinha a escola toda, atirei-me a ele e parti-lhe a cara! É verdade. Depois pirei-me o mais depressa que pude. Só voltei a pôr os pés em casa outra vez no dia seguinte. Apanhei-o fora e fui buscar roupa, desde então nunca mais. Cá me safei, vim viver para casa da minha prima Alzira que era porteira dum prédio aqui na avenida, arranjei trabalho a servir numa tasca em Santa Apolónia e fui-me desenrascando. Um dia a besta do meu pai apareceu por lá... O senhor acredita que ele nem me reconheceu? Pode crer! Imagine como ele ia! Foi a última vez que o vi. Dias depois, soube que lhe deram um tiro ali para a Rua dos Remédios. Deus me perdoe, mas foi um bem que veio ao mundo. Um mês mais tarde, chegou a vez da minha mãe. Morreu do parto do meu quinto irmão. Valeu-nos a prima Alzira, outra vez, que Deus a tenha. À excepção da minha irmã mais velha que se amigou de um marujo e foi viver para a terra dele, levando o nosso irmão mais novo, veio tudo recambiado aqui para a Avenida de República. Mas já o estou a maçar, não é?
- Não ligue. Isto é só sono, é que já estou a pé desde as seis. Continue, por favor.
- Pois também eu, desde que trabalho aqui no BISCA, vai para vinte anos. Comecei como segurança no Banco, fui concorrendo e hoje sou assistente do director. Outros tempos, quanto a isto pode estar certo que já foi chão que deu uvas: sem o décimo segundo ano, pelo menos, não chega a lado nenhum e mesmo assim... Continue a estudar que faz muito bem. Isto é um mundo de cão. Olhe, estive casado dez anos e não tive filhos por causa destas guerras e deste mundo de cão. É preciso ser muito... É a minha opinião: não tenho coragem de pôr um filho neste mundo! Para quê? Gente a mais já nós temos. Veja só aquela marafona, tanto arrastou o sacos das folhas secas que o rasgou! Lindo chiqueiro! Ai Sampaio, Sampaio! Mas onde é que eu ia...
- A sua mãe tinha falecido e...
- Já me lembro. Estivemos com a prima Alzira nove anos até que ela morreu no metro. Foi do coração. Assaltaram-na e ela morreu com o susto. Mas o gatuno também teve a sua conta! Alguém o atirou para a linha e não morreu passado a ferro porque assou antes do tempo
- breve pausa. Hoje vivo com a minha irmã mais nova aqui na João XXI. Sabe, no entretanto ainda passámos mal, foi até eu ter arranjado emprego aqui no BISCA. Estivemos alguns anos a viver numa espelunca no Poço do Negros. Olhe, foi aí que fiz os meus amigos cabo-verdianos. Um amor de gente. Mas pronto, cá estamos. Felizmente hoje não tenho razões de queixa da vida. O que me enerva é o que vejo à nossa volta, esta falsidade, a malandragem... Ah! Vale tudo menos tirar olhos e, mesmo assim, qualquer dia até isso!
- Tirar olhos?!
- Sim senhor! Talvez para transplantar!
- risos. Esses canalhas mereciam era todos um balázio nos cornos. Mesmo que os apanhem, ao fim de dois ou três anos andam aí pelos jardins a fazer-nos companhia. Sabe, eu nunca fui de direita, mas esse tipo, o Monteiro, diz uma boas verdades. Diz, sim senhor. A única coisa que me vai valendo para animar é o Ceportengue. Eu cheguei a jogar futebol lá numa filial do Ceporteungue, em Alfama, e não era mau de todo, mas já pode imaginar, com esta vida... O meu divertimento quando não tinha dinheiro para ir ao estádio era escrever o relato nuns papelinhos. Ouvia o rádio e depois escrevia à minha maneira. O Ti João da mercearia dava-me lápis, eu arranjava o papel, escrevia e depois relatava o jogo para ele e para a malta lá da rua. De inverno, quando não podíamos jogar, eu era o rei. Juntavam-se no átrio da igreja para ouvirem o meu relato. Como se diz...? Enternecedor! Era enternecedor. Acabávamos quase sempre à porrada porque arranjava maneira de o Ceportengue ganhar todas! - risos. Mas era na reinação, até o senhor prior se divertia connosco.
- Pois eu também sou do Ceportengue.
- Grande clube, não haja dúvidas. Como é o Benfica e o Porto e outros, mas o Ceportengue é o Ceportengue, não é verdade? Aquele verde...
- A esperança! Viva o Ceportengue! Bom está na minha hora, senhor...
- João Tuna, João Tuna Oliveira, mas tome lá um cartão. Andei a gastar dinheiro com isto, tenho que os pôr a uso!
- Muito obrigado. Olhe não tenho para a troca... O meu nome é Rui Manuel, Rui Manuel Cerejeira. Foi um prazer.
- Muito obrigado eu ! Mais uma vez, desculpe a maçada.
- Ora essa! Então boa tarde.
- Felicidades!


Afasto-me do Jardim e rumo para a minha aula de condução, naturalmente com o senhor João Tuna em mente. Olho para o cartão e reparo que o verso está quase completamente negro. Assim que o primeiro raio encandeador de sol deste dia se esgotou, pude perceber que tinha nas mãos um relato de um jogo do Ceportengue, escrito numa caligrafia minúscula, quase ilegível. Mas dava para entender que acabava bem: era o Ceportengue que ganhava ao Porto com um golo no último minuto.
Enquanto esperava que abrissem a porta do prédio da escola de condução ainda vislumbrei a figura esguia de João Tuna a atravessar a João XXI, calmamente, de mãos nos bolsos, imensamente triste.

******************
(Prot-blogue escrito há 9 anos - resisti em fazer-lhe afinações, perdoem-me. Esta Lisboa que eu amo...)
Conto

Logo à noite, completamente gratuito, ofereço-vos um conto.

Se não gostarem devolvo-vos o dinheiro ;)
Para ajudar a responder à última pergunta adufada:
Pablo Honey (Radio Head) - Alinhamento das músicas do álbum:

1. You
2. Creep
3. How do you?
4. Stop Whispering
5. Thinking About You
6. Anyone Can Play Guitar
7. No Ripcord
8. Vegetable
9. Prove Yourself
10. I Can't
11. Lurgee
12. Blow Out
Adufando perguntas III

Será que foi por causa do Pablo Doors que os Radiohead escreveram o "Pablo honey"?

de Nelson (numa caixa de comentários ali do fundo).

Recomenda-se que leiam o Post "O Circo" - mais abaixo - para melhor perceberem esta angústiada pergunta do Nelson.
Faço minhas as suas palavras I

(...)
Para que a cultura que se interiorizou na sociedade portuguesa – expressa na admiração que o justo nutre pelo pecador – não continue a encontrar conforto nas boas ou más intenções de um governo, é preciso que quem tem o poder e a responsabilidade de decisão faça uma escolha. Que opte entre a convicção de Marques Mendes e a reserva de José Luís Arnaut ao levantamento do sigilo bancário.

Ambos ministros de Durão Barroso, a quem se deve exigir uma resposta. Clara e inequívoca.


de Raul Vaz in Diário Económico

quarta-feira, setembro 17, 2003

Adufando perguntas III

(...)
Esperemos para ver o que dá até 2010, diz o Dr. Barroso. Até lá, mais conversa sobre "produtividade" e "competitividade". E um "barómetro" para medir os putativos sucessos. A receita não medra, os nossos empresários também não crescem de " geração expontânea", a longa manus do Estado é o que se vê, e as famílias, que adoram gastar, vão começar a não achar graça nenhuma ao resultado. Mas também aqui não há qualquer problema. Na realidade, ninguém sabe onde é que isto vai parar. Nem julgo que verdadeiramente alguém se importe. Para quê?

in Portugal dos Pequeninos
Imaginem que sou um apresentador de circo no meio da arena anunciando as atracções. Agora leiam.

O Circo

"Meninos e meninas. Senhores e senhoras...
O Cão de Guarda já tem tradução para inglês...
Os nossos artistas descobriram-lhe um herói... Um herói que se escondia nas suas linhas. O audaaaaaaz! O inemitaaaaável.... Paaaaablo Doooors!"

[Ora carreguem lá no novo link ali da esquerda chamado In English (almost) e leiam a tradução desta simples pergunta:

Quem é que imagina que Paulo Portas possa acreditar verdadeiramente no milagre de Nossa Senhora de Fátima?]

Qual Zorro, qual super mén, nós temos o inabalaaaaável Pablo Dooors!

Sweden

I would like to
Live in Sweden
When my work is done,
Where the snow lies
Crisp and even
'Neath the midnight sun.

Safe and
Clean and
Green and
Modern
Bright and breezy,
Free and easy.

Sweden,
Sweden,
Sweden,
In Sweden.

I am gonna
Live in Sweden,
Please don't ask me why,
For if I were to
Give a reason
It would be a lie.

Tall and
Strong and
Blonde and
Blue eyed
Pure and healthy,
Very wealthy.

Sweden,
Sweden,
Sweden,
In Sweden.

I'll grow wings and fly to Sweden
When my time is come.
Then at last my eyes shall see them -
Heroes everyone:
Ingmar Bergman,
Henrik Ibsen,
Karin Larsson,
Nina Persson.

Sweden,
Sweden,
Sweden
In Sweden.


The Divine Comedy in Fin de Siècle
PSsst.: Novo álbum talvez no ínicio de 2004 diz aqui.

Imigração em Portugal (act.)

Não é fácil estudar a imigração, particularmente em Portugal e, mais especificamente ainda, numa perspectiva de grandes número, abrangendo a totalidade do país, projectando impactos globais.

Várias razões concorrem para este facto e são sobejamente conhecidas da comunidade científica que se tem dedicado ao tema (demógrafos, sociólogos, geógrafos, economistas). É complicado traçar diagnósticos fiáveis que se traduzam em realidades quantificáveis, no entanto, é possível dizer alguma coisa e é indispensável tentar perceber o que se passa.

A ilegalidade, as lacunas do aparelho judicial e administrativo, o desleixo pela recolha de informação estatística de qualidade que proliferou durante anos contribuiram, entre outros, para as dificuldades que agora temos. No momento em que passamos a acolher mais do que a ser acolhidos, nesse fluxo cruzado que ocorre anualmente, a informação é vital. É um instrumento indispensável para evitar equívocos bem conhecidos e demasiado frequentes. Na minha ainda curta carreira tive a felicidade de abordar algumas destas questões tentado servir o interesse público.
Para quem se interesse sobre o assunto remeto-vos para dois artigos em que colaborei:

- um sobre padrões de mortalidade entre a população imigrante em Portugal cujo link aqui disponibilizo.

- e outro, bem mais aprofundado, sobre as características da população com antecedentes migratórios a residir em Portugal, elaborado no âmbito do Conselho da Europa.

Ficam os links possíveis (textos em inglês):

Portuguese immigration: An approach to the mortality patterns O mesmo artigo alojado em Portugal está aqui (exige registo prévio na Infoline do INE para se poder aceder).

The demographic characteristics of populations with an immigrant background in PORTUGAL
Adufando perguntas II

(...)
1- Com a sua pertinente crítica a Portas, Pacheco Pereira é por estes dias o líder da oposição.
2. Ferro Rodrigues, não estará na altura de avançar com um blogue?


in Avatares de desejo(17 de Setembro de 2003)
Abram os olhos

(...) É por isso que prefiro correr o risco de ter uma filha que seja influenciada pela Barbie, que use maquilhagem, que inicie a vida sexual aos quinze anos. Eu sei que pode parecer cruel, mas prefiro que a minha filha possa escolher entre ser prostituta ou mudar-se para Riad, onde não poderá guiar um carro, ler revistas estrangeiras, ou andar na rua mostrando a beleza de uns ombros despidos.

terça-feira, setembro 16, 2003

O contrário de zurzir

Anteontem foi dia de não zurzir o mais famoso Eurodeputado da Blogoesfera Portuguesa. Antes pelo contrário. A polémica directa com as gentes do PP parece ter entrado em limitação de avarias, no entanto, o que havia a dizer foi dito no momento apropriado. (Considerações adicionais que subscrevo remeto-as para o post do Cão-de-Guarda que cito no escrito anterior a este.)

Já por várias vezes utilizei este blog para afirmar divergências para com as opiniões de JPP, ante-ontem, de forma mais discreta, enviei-lhe um e-mail saudando-o. Facto que acabou de retribuir. Para ser justo para comigo publico aqui as palavras que lhe enviei e que desta forma reforço.

É fundamental que vozes como a sua não se remetam ao silêncio perante as barbaridades que desmascarou nas palavras do lider do CDS-PP. É pena que quer no PSD, quer no PS, quando se levantam questões como estas onde se pode atingir alguma incomodidade institucional tantos se remetam às suas tocas, deixando a asneira sem oposição activa.
Este tipo de atitudes faz mais pela democracia do que qualquer reforma do sistema político, mas isto é só o que eu penso.

Outra atitude não seria de esperar de si. Essa justiça me merece após todos estes anos em que o tenho ouvido no Flashback. Discordando quase sempre com o que diz, tenho encontrado quase sempre a defesa de uma matriz que tem de ser transversal a todas as correntes políticas que defendem o modelo de civilização em que vivemos. O valor da honestidade intelectual na questão mercado de trabalho - imigração julgo ser um desses valores que já todos deviamos ter apreendido, atendendo a tantas lições da história... Mas nunca seremos perfeitos.
Sublinho também o meu apreço pelo confronto de ideias que desta vez acarinhou no seu blogue quanto à questão da discussão editorial da capa do Público.
Com os melhores cumprimentos,
Rui M Cerdeira Branco
Adufando perguntas I

A culpa é do Cão de Guarda! Vou iniciar uma rúbrica onde destacarei aqui perguntas que de alguma forma achei interessantes e que andam circulando por esses cabos fora. Perguntas que agitam os neurónios de formas diversas, vou já avisando.
Para a estreia pensem nesta:

Quem é que imagina que Paulo Portas possa acreditar verdadeiramente no milagre de Nossa Senhora de Fátima?
in Watchdog (16 Set 2003)
He's Back! (act.)

Parece que a bichano foi mesmo bem baptizado. Fontes bem informadas - mais impossível - adiantam que o Gastão voltou. All's well when...you know the rest.




Quem sabe o nome em Inglês desta personagem Disney? Não vale ver na net :)
Flash blog

Como podem ser diferentes as pessoas escritas ao espelho. Outra gente. Às vezes...

Já te viste?
Já olhaste bem para ti?

Já te ouvistes?
Já ouviste bem o que dizes?

Já te escreveste?
Já leste bem o que escreves?

Já leste bem como te escreveste?
As flash mobs são um fracasso...

...em Portugal. Ando meio a leste deste "acontecimento" mas dizem-me os Desblogueadores que foram (ontem) e continuam a ser (hoje) um fracasso. Juntaram-se não mais de três pessoas... Será ainda a herança do fascismo? Disseram-me que naquele tempo junção de mais de três indivíduos na via pública dava direito a interrogatório na Pide. Ficou-nos nos genes? Ná!!! Como alguém já disse, é mais provavel que tenha sido um problema de pontualidade... Talvez até ainda esteja a decorrer alguma flash mob... às pinguinhas.
Via Bloguítica Nacional também destaco para reflexão o texto de hoje de Vital Moreira sobre o conflito Israelo - Árabe.

Podemos discordar ou ficar incomodados com a (inevitável) simplicidade de enquadramento histórico-conjuntural da situação que é apresentado no artigo de jornal. MAS, o cerne, o diagnóstico presente quanto à correlação de forças e quanto às causas / consequências do ciclo de violência, bem como, a proposta de solução apresentada parecem-me difíceis de melhorar.
Pelo menos é a análise que faço atendendo à informação corrente a que tenho acesso e atendendo às tentativas de mediação recentes.

Se sempre que houver no mundo regiões com tal desproporção de forças a resposta de quem é superior e é atacado por desesperados for do calibre da que o actual governo israelita proporciona... Não andaremos por cá muito tempo.

A sensação com que fico é que a cada dia que passa há cada vez menos palestinianos e israelitas dispostos a colaborar, a olhar para a cara uns dos outros sem se verem sair chispas de vingança.

Israel têm direito à retaliação? Claro! E tem como é óbvio direito à retaliação da retaliação e por aí fora. Israel precisa ter confiança para pôr a sua segurança nas mãos de outrém e isso, relembrando as tibiezas retratadas na história só pode ser protagonizado pelos EUA. A chave está lá, na Casa Branca, é preciso querer. Quanto ao resto, a recuperação económica da Palestina e o retorno a sustentabilidade económica de Israel, aí, a Europa até já tem algumas provas dadas e motivação q.b.

Soluções alternativas à apresentada? Só se houver intervenção divina, mas como não vejo Deus a passear-se por aquela (esta Terra)...

(Mote alternativo para pôr alí em cima junto ao cabeçalho deste blogue: Não há nada como ainda querer resolver os problemas do mundo. Disparate por disparate atrevo-me neste blogue a escarrapachar os meus)
Valha-me São Sinfrónio...

A Rita do No Parapeito só pode ser a Rita Ferro Rodrigues. Um blogue de que muito gostei e gosto e que aqui sublinhei há dias. Isto não há nada como não ter ligações com "ninguém" para poder ter destas surpresas blogoesféricas. Boa sorte na demanda em busca do Gastão. Se aparecer ali para as bandas da Alameda / Morais Soares já por lá há olhos à espreita.