Aproxima-se o número da besta...
Quem será o leitor 666 deste blogue?
quinta-feira, julho 31, 2003
Alegado esclarecimento dos Pás II
Acreditam que eu li em público o primeiro post com o título deste, que surge algumas linhas mais abaixo, e houve quem acreditasse que se tratava de uma notícia, de um desmentido do PS que eu estava a ler na página on-line de algum jornal?!?!?
Já nem uma caricatura sei fazer... Ou serei um leitor de écrans assim tão convincente? Já não haverá caricatura possível?
Como diz o nosso PR: Caramba!
Acreditam que eu li em público o primeiro post com o título deste, que surge algumas linhas mais abaixo, e houve quem acreditasse que se tratava de uma notícia, de um desmentido do PS que eu estava a ler na página on-line de algum jornal?!?!?
Já nem uma caricatura sei fazer... Ou serei um leitor de écrans assim tão convincente? Já não haverá caricatura possível?
Como diz o nosso PR: Caramba!
Momento de Humor
Selecciono duas notícias de hoje, a primeira do Público:
"Maria Elisa Suspende Mandato por Doença e Regressa à RTP.
A deputada jornalista vai fazer um programa de entrevistas no primeiro canal"
E a segunda da TSF:
"CONSELHO DE MINISTROS
Cerco às baixas fraudulentas"
Bem sei que a Deputada-jornalista não se enquadra no grupo das portuguesas (e portugueses) manhosos mas tem a sua piada no dia do "cerco" aparecer a notícia de uma senhora baixinha que vai trabalhar (para outro sítio) por estar doente. Tem também particular actualidade a crítica de ontem do Abrupto às incompatibilidades entre fontes e ex-jornalistas quando ambas chegam à qualidade de deputados.
Não quero acreditar que a senhora se canse menos na RTP...
Agora a sério: as melhoras! E não me leve a mal...
P.S.: Temos presidente:
"Presidente veta lei-quadro
Jorge Sampaio vetou a lei-quadro de criação dos municípios e devolveu o diploma à Assembleia da República, segundo fonte da Presidência citada pela Agência Lusa. Deste diploma depende a criação dos novos concelhos de Fátima e Canas de Senhorim."
Selecciono duas notícias de hoje, a primeira do Público:
"Maria Elisa Suspende Mandato por Doença e Regressa à RTP.
A deputada jornalista vai fazer um programa de entrevistas no primeiro canal"
E a segunda da TSF:
"CONSELHO DE MINISTROS
Cerco às baixas fraudulentas"
Bem sei que a Deputada-jornalista não se enquadra no grupo das portuguesas (e portugueses) manhosos mas tem a sua piada no dia do "cerco" aparecer a notícia de uma senhora baixinha que vai trabalhar (para outro sítio) por estar doente. Tem também particular actualidade a crítica de ontem do Abrupto às incompatibilidades entre fontes e ex-jornalistas quando ambas chegam à qualidade de deputados.
Não quero acreditar que a senhora se canse menos na RTP...
Agora a sério: as melhoras! E não me leve a mal...
P.S.: Temos presidente:
"Presidente veta lei-quadro
Jorge Sampaio vetou a lei-quadro de criação dos municípios e devolveu o diploma à Assembleia da República, segundo fonte da Presidência citada pela Agência Lusa. Deste diploma depende a criação dos novos concelhos de Fátima e Canas de Senhorim."
O Príncipe
É o livro que ando a ler por estes dias. Lamento não o estar a reler para ser franco… Mas quantos livros não lerei ainda ficando com este sentimento na alma?
Talvez não valha a pena tecer encómios a um clássico aclamado há cerca de 500 anos, mas vale a pena sublinhar uma estupefacção mais corriqueira. A cada capítulo que leio fico cada vez mais com a sensação de estar a ler um excelente tratado de sociologia, se não nos moldes modernos da dita seguramente uma peça fundadora… E vou-me lembrando daquilo que era o currículo de Sociologia no secundário do meu tempo… Max Weber, Durkheim. Cheguei à universidade e levei com os mesmo senhores e mais uns quantos: Montesquieu, Hobbes… Andará algum lobby anti-Maquiavel por aí? Estou assim tão enganado nesta revisão de casting que insinuo? Haverá quem tenha medo que Maquiavel seja perigoso para as mentes das criancinhas?
Pela minha parte acho muito educativo para quem gerir uma empresa, um país, um lar… E (quase) nada maquiavélico sublinhe-se! Uma referência incontornável, não fosse esta estranha inquisição que nos impomos a nós próprios.
É o livro que ando a ler por estes dias. Lamento não o estar a reler para ser franco… Mas quantos livros não lerei ainda ficando com este sentimento na alma?
Talvez não valha a pena tecer encómios a um clássico aclamado há cerca de 500 anos, mas vale a pena sublinhar uma estupefacção mais corriqueira. A cada capítulo que leio fico cada vez mais com a sensação de estar a ler um excelente tratado de sociologia, se não nos moldes modernos da dita seguramente uma peça fundadora… E vou-me lembrando daquilo que era o currículo de Sociologia no secundário do meu tempo… Max Weber, Durkheim. Cheguei à universidade e levei com os mesmo senhores e mais uns quantos: Montesquieu, Hobbes… Andará algum lobby anti-Maquiavel por aí? Estou assim tão enganado nesta revisão de casting que insinuo? Haverá quem tenha medo que Maquiavel seja perigoso para as mentes das criancinhas?
Pela minha parte acho muito educativo para quem gerir uma empresa, um país, um lar… E (quase) nada maquiavélico sublinhe-se! Uma referência incontornável, não fosse esta estranha inquisição que nos impomos a nós próprios.
Imaginário Leitor...
Acabaram de me informar que desde que inaugurei este blogue, há coisa de um mês, tenho dado um e-mail errado ali na coluna da esquerda... Azelhices! Se algum leitor menos imaginado, por ventura, tentou estabelecer contacto por esse mail e não obteve resposta, não me tome por antipático. Simplesmente a mensagem não chegou ao destino. Sorry!
O E-mail correcto é: fogueiralusa@yahoo.com
Acabaram de me informar que desde que inaugurei este blogue, há coisa de um mês, tenho dado um e-mail errado ali na coluna da esquerda... Azelhices! Se algum leitor menos imaginado, por ventura, tentou estabelecer contacto por esse mail e não obteve resposta, não me tome por antipático. Simplesmente a mensagem não chegou ao destino. Sorry!
O E-mail correcto é: fogueiralusa@yahoo.com
Alegado esclarecimento dos Pás
Caros leitores, alegadamente portugueses ou não.
Contrariamente ao alegadamente suposto na transcrição de uma alegada escuta telefónica entre um membro do Conselho de Estado e um ex-ministro da Justiça que surge publicada em vários orgão da comunicação social, não houve alegadamente qualquer utilização da palavra "pá" na conversa.
Fontes seguras alegadamente ligadas ao processo afiançam que várias alegadas interferências na linha foram indevidamente transcritas como "pás". Foram, aliás, essas alegadas interferências que terão justificado a sugestão de continuação da alegada conversa noutro telefone.
Alegadamente me despeço com os melhores cumprimentos.
Aparício Al-Gamen Tedesco
Caros leitores, alegadamente portugueses ou não.
Contrariamente ao alegadamente suposto na transcrição de uma alegada escuta telefónica entre um membro do Conselho de Estado e um ex-ministro da Justiça que surge publicada em vários orgão da comunicação social, não houve alegadamente qualquer utilização da palavra "pá" na conversa.
Fontes seguras alegadamente ligadas ao processo afiançam que várias alegadas interferências na linha foram indevidamente transcritas como "pás". Foram, aliás, essas alegadas interferências que terão justificado a sugestão de continuação da alegada conversa noutro telefone.
Alegadamente me despeço com os melhores cumprimentos.
Aparício Al-Gamen Tedesco
Ai Pá! Esta vida pá...
Tenho de deixar de escrever posts de manhã, pá!... Ó pá, havia (e se calhar ainda há, pá) com cada asneira no post anterior, pá! Até já! Pá!
Tenho de deixar de escrever posts de manhã, pá!... Ó pá, havia (e se calhar ainda há, pá) com cada asneira no post anterior, pá! Até já! Pá!
A paixão dos comboios
Depois das críticas que aqui deixei há alguns dias, premitam-me fazer eco de uma boa notícia sobre os comboios que li há pouco no Público.
«A CP apresentou ontem os primeiros comboios modernizados que, a partir de segunda-feira, começam a circular entre Lisboa e Tomar.
O serviço regional de Tomar é o primeiro a receber três comboios que foram sujeitos, segundo a CP, a uma "modernização profunda que passou pela instalação das mais modernas tecnologias da indústria ferroviária". Até ao início de 2005 deverão estar a circular no serviço regional 57 comboios renovados, de três carruagens, que permitirão, de acordo com o presidente da CP, Crisóstomo Teixeira, "uma redução do tempo de viagem".
(...)
Este responsável adiantou que a velocidade média poderia aumentar, reduzindo em 15 minutos o tempo de percurso Lisboa/Tomar, que ficaria a demorar hora e meia. Mas, para tal, "é necessário uma melhoria da infra-estrutura, que cabe à Refer [Rede Ferroviária Nacional]".
(...)
O serviço de Tomar é considerado "o serviço regional de bandeira da CP com mais clientes", tendo transportado o ano passado 3,6 milhões de passageiros. Faz 46 circulações diárias até Lisboa.
(...)
Até 2005 serão introduzidos dois comboios renovados por mês, estendendo-se a oferta deste serviço aos regionais da linha do Norte (Coimbra/Porto, Coimbra/Entroncamento e Lisboa/Tomar), além de Coimbra/Beira Alta, Coimbra/Figueira da Foz e Entroncamento/Beira Baixa e ainda na Linha do Sado entre Barreiro e Setúbal. »
Lendo o resto da notícia percebe-se que se investiu no sítio certo e da forma certa (mais conforto, mais segurança, maior rapidez, maior beleza estética). Os resultados não hão de demorar. Pode ser que o smog em Lisboa e arredores com medidas como esta comece a diminuir. Não é suficiente mas é necessário.
Depois das críticas que aqui deixei há alguns dias, premitam-me fazer eco de uma boa notícia sobre os comboios que li há pouco no Público.
«A CP apresentou ontem os primeiros comboios modernizados que, a partir de segunda-feira, começam a circular entre Lisboa e Tomar.
O serviço regional de Tomar é o primeiro a receber três comboios que foram sujeitos, segundo a CP, a uma "modernização profunda que passou pela instalação das mais modernas tecnologias da indústria ferroviária". Até ao início de 2005 deverão estar a circular no serviço regional 57 comboios renovados, de três carruagens, que permitirão, de acordo com o presidente da CP, Crisóstomo Teixeira, "uma redução do tempo de viagem".
(...)
Este responsável adiantou que a velocidade média poderia aumentar, reduzindo em 15 minutos o tempo de percurso Lisboa/Tomar, que ficaria a demorar hora e meia. Mas, para tal, "é necessário uma melhoria da infra-estrutura, que cabe à Refer [Rede Ferroviária Nacional]".
(...)
O serviço de Tomar é considerado "o serviço regional de bandeira da CP com mais clientes", tendo transportado o ano passado 3,6 milhões de passageiros. Faz 46 circulações diárias até Lisboa.
(...)
Até 2005 serão introduzidos dois comboios renovados por mês, estendendo-se a oferta deste serviço aos regionais da linha do Norte (Coimbra/Porto, Coimbra/Entroncamento e Lisboa/Tomar), além de Coimbra/Beira Alta, Coimbra/Figueira da Foz e Entroncamento/Beira Baixa e ainda na Linha do Sado entre Barreiro e Setúbal. »
Lendo o resto da notícia percebe-se que se investiu no sítio certo e da forma certa (mais conforto, mais segurança, maior rapidez, maior beleza estética). Os resultados não hão de demorar. Pode ser que o smog em Lisboa e arredores com medidas como esta comece a diminuir. Não é suficiente mas é necessário.
quarta-feira, julho 30, 2003
Tomada de posse no INE
Soube que na tomada de posse hoje, no INE, apenas o Ministro Morais Sarmento botou faladura. Esteve presente a senhora Ministra das Finanças e tudo. O novo presidente optou pelo silêncio.
Alguém me disse que "Se calhar o novo presidente não está cá para falar, mas para fazer o que lhe mandam".
Se fazer o que lhe mandam é reorganizar o Sistema Estatístico Nacional e introduzir prumo e maior rigor nos números que consultamos todos os dias estamos bem. Se as ordens forem menos públicas é que estamos mal... muito mal. Vamos acreditar e aguardar. Bom trabalho! Os portugueses agradecem.
Soube que na tomada de posse hoje, no INE, apenas o Ministro Morais Sarmento botou faladura. Esteve presente a senhora Ministra das Finanças e tudo. O novo presidente optou pelo silêncio.
Alguém me disse que "Se calhar o novo presidente não está cá para falar, mas para fazer o que lhe mandam".
Se fazer o que lhe mandam é reorganizar o Sistema Estatístico Nacional e introduzir prumo e maior rigor nos números que consultamos todos os dias estamos bem. Se as ordens forem menos públicas é que estamos mal... muito mal. Vamos acreditar e aguardar. Bom trabalho! Os portugueses agradecem.
Está confirmado... Hoje respira-se rezina...
«Durante as primeiras horas do dia o vento soprou do quadrante Leste, o que contribuiu para transportar os fumos dos incêndios activos a norte de Lisboa para a região da capital.» in TSF-Online
«Durante as primeiras horas do dia o vento soprou do quadrante Leste, o que contribuiu para transportar os fumos dos incêndios activos a norte de Lisboa para a região da capital.» in TSF-Online
Hoje nem a manhã se safa...
Canícula...smog...a bruma de Hades... Quero um céu azul só para mim.
Na cidade carburamos entre velas, êmbolos e pistons... O pinhal desaparece. Tenho medo das férias... de passar pela A23 e ver o day after do incêndio.
Não consigo o distanciamento que os Marretas já uma vez me relataram face aos fogos que vêm ao passar no comboio ou no automóvel pelas terras da Beira Baixa.
De facto, se fossemos inocentes não haveria blogues caro Abrupto (ma non tropo)...
Se a Norma Jean tivesse tido um blog teria chegado aos sessenta?
Canícula...smog...a bruma de Hades... Quero um céu azul só para mim.
Na cidade carburamos entre velas, êmbolos e pistons... O pinhal desaparece. Tenho medo das férias... de passar pela A23 e ver o day after do incêndio.
Não consigo o distanciamento que os Marretas já uma vez me relataram face aos fogos que vêm ao passar no comboio ou no automóvel pelas terras da Beira Baixa.
De facto, se fossemos inocentes não haveria blogues caro Abrupto (ma non tropo)...
Se a Norma Jean tivesse tido um blog teria chegado aos sessenta?
Flexões na Blogoesfera
O Blogger, o IExplorer ou um qualquer desígnio do todo poderoso html obriga-nos, habitantes da blogoesfera, a um exerciciozinho periódico:
Vai de fazer flexões! O estranho é que em vez do acima-a-abaixo temos um: restaurar, maximizar, restaurar, maximizar...
Esta é perfeitamente original. E são cada vez mais os blogues a oferecerem dicas de ginástica.
N'O Carimbo, por exemplo, já temos informação no template:
Se não conseguir ver a totalidade da página vá ao canto superior direito da janela e faça restaurar seguido de maximizar.
O Blogger, o IExplorer ou um qualquer desígnio do todo poderoso html obriga-nos, habitantes da blogoesfera, a um exerciciozinho periódico:
Vai de fazer flexões! O estranho é que em vez do acima-a-abaixo temos um: restaurar, maximizar, restaurar, maximizar...
Esta é perfeitamente original. E são cada vez mais os blogues a oferecerem dicas de ginástica.
N'O Carimbo, por exemplo, já temos informação no template:
Se não conseguir ver a totalidade da página vá ao canto superior direito da janela e faça restaurar seguido de maximizar.
Estranho Céu de Lisboa II
Se avariar algum aparelhómetro desses que medem o Ozono, cá em baixo bem junto ao chão, parece que estou apto a substituí-lo... Às três da tarde já tudo me parecia esquisito. E agora vem a TSF dar a nova:
Os níveis de poluição pelo ozono foram ultrapassados, terça-feira, nos concelhos da Chamusca, Lisboa, Loures, Oeiras, Seixal, Setúbal e Santiago do Cacém. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas devem ter atenção redobrada.
Cá está mais uma arma de destruição massiva que se vai entranhando bem dentro de nós...
Se avariar algum aparelhómetro desses que medem o Ozono, cá em baixo bem junto ao chão, parece que estou apto a substituí-lo... Às três da tarde já tudo me parecia esquisito. E agora vem a TSF dar a nova:
Os níveis de poluição pelo ozono foram ultrapassados, terça-feira, nos concelhos da Chamusca, Lisboa, Loures, Oeiras, Seixal, Setúbal e Santiago do Cacém. Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas devem ter atenção redobrada.
Cá está mais uma arma de destruição massiva que se vai entranhando bem dentro de nós...
A Catarina do 100Nada bem que poderia ser uma Mafaldinha: a preto e branco, chamando neurótico ao Mar mas fazendo sempre castelos de areia.
Beijo!
Beijo!
terça-feira, julho 29, 2003
Estranho céu de Lisboa.
Começou o dia com um azul intenso agora carrega-se de fumos. Será o ozono destilado pelo sol? Terá cor o ozono ou será que é uma espécie de lixívia que destroi o azul do prisma celeste? Ou será mesmo fumo com trágicas notícias de Castelo Branco e arredores? Vai ser feio o pôr do sol hoje.
E agora toca a trabalhar que os meus amigos não me pagam o geladinho que vou comer mais daqui a pouco!
Começou o dia com um azul intenso agora carrega-se de fumos. Será o ozono destilado pelo sol? Terá cor o ozono ou será que é uma espécie de lixívia que destroi o azul do prisma celeste? Ou será mesmo fumo com trágicas notícias de Castelo Branco e arredores? Vai ser feio o pôr do sol hoje.
E agora toca a trabalhar que os meus amigos não me pagam o geladinho que vou comer mais daqui a pouco!
segunda-feira, julho 28, 2003
Onde anda o amor?...
Guerra e Pas nunca viu o amor na blogoesfera. É capaz de ser um...
...PROBLEMA DE EXPRESSÃO
Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.
Carlos Tê
Guerra e Pas nunca viu o amor na blogoesfera. É capaz de ser um...
...PROBLEMA DE EXPRESSÃO
Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.
E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.
O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.
E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.
Carlos Tê
Na Mafalda falava-se que ser-se original não é mais do que imitar com antecedência...
Ora segundo noticia o Correio da Manhã de hoje o Sporting vai disponibilizar lugares para invisuais seguindo uma prática corrente em alguns países mas nunca vista por cá.
Mais adiante na notícia explica-se que "a decisão surgiu quase por acaso, uma vez que aquando da elaboração do projecto não estava prevista a atribuição destes lugares. Contudo, à medida que as obras iam decorrendo, os responsáveis chegaram à conclusão que a colocação dos ecrãs gigantes iria impossibilitar a visualização das incidências da partida a algumas centenas de espectadores. A solução, assim, passou por presentear aqueles que, mesmo impedidos de registarem com o olhar os gestos dos 'craques', encontram forma de vibrar apaixonadamente com os feitos do clube."
É, em qualquer dos casos, uma ideia louvável que ajuda a fazer a diferença do Sporting.
Será que ouço a engrenagem cerebral de algum dirigente vermelho cogitando "Bolas, porque é que não oferecemos aqueles lugares por debaixo das vigas à associação das vítimas de nanismo"? Ainda vão a tempo, afinal já sabem ao que a originalidade se resume, não é Mafaldinha?
Ora segundo noticia o Correio da Manhã de hoje o Sporting vai disponibilizar lugares para invisuais seguindo uma prática corrente em alguns países mas nunca vista por cá.
Mais adiante na notícia explica-se que "a decisão surgiu quase por acaso, uma vez que aquando da elaboração do projecto não estava prevista a atribuição destes lugares. Contudo, à medida que as obras iam decorrendo, os responsáveis chegaram à conclusão que a colocação dos ecrãs gigantes iria impossibilitar a visualização das incidências da partida a algumas centenas de espectadores. A solução, assim, passou por presentear aqueles que, mesmo impedidos de registarem com o olhar os gestos dos 'craques', encontram forma de vibrar apaixonadamente com os feitos do clube."
É, em qualquer dos casos, uma ideia louvável que ajuda a fazer a diferença do Sporting.
Será que ouço a engrenagem cerebral de algum dirigente vermelho cogitando "Bolas, porque é que não oferecemos aqueles lugares por debaixo das vigas à associação das vítimas de nanismo"? Ainda vão a tempo, afinal já sabem ao que a originalidade se resume, não é Mafaldinha?
O Abrupto pôs em letra uma evidência sobre esta coisa dos blogues hoje de manhã...
Bom, vocês são muito simpáticos mas agora adeuzinho que tenho de ir à Fnac comprar um livro.
Bom, vocês são muito simpáticos mas agora adeuzinho que tenho de ir à Fnac comprar um livro.
A melhor do dia político até ao momento:
Destaque para (mais) um acutilante editorial do Diário Económico, de hoje, sobre Paulo Portas (Miguel Coutinho):
"(...) A instituição militar é, por natureza, conservadora e não se emociona com os "sound bytes", nem com as tiradas populistas de um ministro. O tempo corre, pois, contra Portas: as promessas são muitas, o dinheiro é pouco e a acção uma mão cheia de nada. (...) E Paulo Portas arrisca-se a ser um ministro sem tropas. Secando, como sempre, tudo à sua volta."
Ao cuidado do senhor primeiro ministro...
Destaque para (mais) um acutilante editorial do Diário Económico, de hoje, sobre Paulo Portas (Miguel Coutinho):
"(...) A instituição militar é, por natureza, conservadora e não se emociona com os "sound bytes", nem com as tiradas populistas de um ministro. O tempo corre, pois, contra Portas: as promessas são muitas, o dinheiro é pouco e a acção uma mão cheia de nada. (...) E Paulo Portas arrisca-se a ser um ministro sem tropas. Secando, como sempre, tudo à sua volta."
Ao cuidado do senhor primeiro ministro...
Citando o Mestre de Aviz
"Ora, quando se pensa na América não se pensa nisso: nas árvores, nos rios, na pesca à truta. "
Há pouco tempo, confesso, revoltei-me comigo próprio quando me apercebi que pensava aquilo que toda a gente pensa quando se fala da América por estes dias.
Fui à procura de "truques mentais" para evitar o preconceito, a escalada do raciocínio viciado e intoxicado.
Os truques:
Por estranho que possa parecer: os filmes dos irmão Coen. Quando me lembro de Fargo vem-me à memória aquele pedaço de continente que parece não falar de Washinton para o mundo. Primeiro pelas paisagens, pela América que não se vê, depois porque quase tudo é desarmante.
Outro é a National Geographic. Um belíssimo contributo americano para uma espantosa globalização positiva.
Roda pé:
1. Um dia, há já uns anitos, numa bela madrugada de estudo ouvi o Fernando Alves (na TSF) dizer algo do género "acabou de entrar o meu amigo Francisco e que belos livros ele deve trazer debaixo do braço"
A maior surpresa quando li pela primeira vez o seu blog foi adivinhar que era Judeu. Podemos imaginar a cara do radialista ou do escritor e falhar largamente o boneco real. Por que raio é que eu fiquei surpreendido com um FJV judeu?! Porque nunca imaginei a religião de um escritor?
2. Ando há um tempinho a tentar perceber o que se passa no médio oriente. Com grande admiração pelas análises de José Golão (que desconfio estar longe das premissas do FJV) tento completar o arco lendo a outra parte. Uma das dúvidas imediatas é, por exemplo, o que é o sionismo. Julgo que estou a ficar esclarecido. No fundo procuro truques para não pensar sobre Israel o que toda a gente pensa por estes dias.
3. Apaixonei-me por Avis num belo dia em que fui até lá contar bidões de tomate! Um encontro que tenho de agradecer a uma aparentemente defunta multinacional americana de auditoria.
4. A segunda visita fi-la com as laranjeiras em flor. Vagueei pelo meio de um acampamento de ciganos por entre ruínas históricas.
Adiante.
De um leitor assíduo ficam os melhores cumprimentos
"Ora, quando se pensa na América não se pensa nisso: nas árvores, nos rios, na pesca à truta. "
Há pouco tempo, confesso, revoltei-me comigo próprio quando me apercebi que pensava aquilo que toda a gente pensa quando se fala da América por estes dias.
Fui à procura de "truques mentais" para evitar o preconceito, a escalada do raciocínio viciado e intoxicado.
Os truques:
Por estranho que possa parecer: os filmes dos irmão Coen. Quando me lembro de Fargo vem-me à memória aquele pedaço de continente que parece não falar de Washinton para o mundo. Primeiro pelas paisagens, pela América que não se vê, depois porque quase tudo é desarmante.
Outro é a National Geographic. Um belíssimo contributo americano para uma espantosa globalização positiva.
Roda pé:
1. Um dia, há já uns anitos, numa bela madrugada de estudo ouvi o Fernando Alves (na TSF) dizer algo do género "acabou de entrar o meu amigo Francisco e que belos livros ele deve trazer debaixo do braço"
A maior surpresa quando li pela primeira vez o seu blog foi adivinhar que era Judeu. Podemos imaginar a cara do radialista ou do escritor e falhar largamente o boneco real. Por que raio é que eu fiquei surpreendido com um FJV judeu?! Porque nunca imaginei a religião de um escritor?
2. Ando há um tempinho a tentar perceber o que se passa no médio oriente. Com grande admiração pelas análises de José Golão (que desconfio estar longe das premissas do FJV) tento completar o arco lendo a outra parte. Uma das dúvidas imediatas é, por exemplo, o que é o sionismo. Julgo que estou a ficar esclarecido. No fundo procuro truques para não pensar sobre Israel o que toda a gente pensa por estes dias.
3. Apaixonei-me por Avis num belo dia em que fui até lá contar bidões de tomate! Um encontro que tenho de agradecer a uma aparentemente defunta multinacional americana de auditoria.
4. A segunda visita fi-la com as laranjeiras em flor. Vagueei pelo meio de um acampamento de ciganos por entre ruínas históricas.
Adiante.
De um leitor assíduo ficam os melhores cumprimentos
A propósito de "Fidelzinhos"
Escrevi estas definições possíveis na madrugada de uma segunda-feira:
Bloco: a superioridade moral, o paradigma ético a toda a prova. Os detentores da solução final. Por outras, uma revisitação surreal de um caleidoscópio de utopias conflituantes sistematicamente mal interpretadas. Provoca perda de todos os sentido humanos a médio prazo.
PS: Igual a Cruzamento com sinal amarelo intermitente às 4 da madrugada de uma sexta feira na 24 de Julho (Lisboa).
PSD: profissionais do poder pragmático, cada vez menos camuflados, cada vez mais ousados em defender os interesses que representam (claramente interesses mais limitados do que os 40% de portugueses que votaram neles)
CDS - PP: Podia ter sido algo na direita mas jaz morto e arrefece, com um pivete que não se suporta (corre riscos de contaminar criando epidemia)
PCP: revisitação de UMA utopia sistematicamente mal interpretada. Provoca perda de todos os sentido humanos a curto prazo.
Conclusão? É melhor chamarem um técnico que repare os semáforos, por que até lá fico em casa viajando pelos blogues.
Escrevi estas definições possíveis na madrugada de uma segunda-feira:
Bloco: a superioridade moral, o paradigma ético a toda a prova. Os detentores da solução final. Por outras, uma revisitação surreal de um caleidoscópio de utopias conflituantes sistematicamente mal interpretadas. Provoca perda de todos os sentido humanos a médio prazo.
PS: Igual a Cruzamento com sinal amarelo intermitente às 4 da madrugada de uma sexta feira na 24 de Julho (Lisboa).
PSD: profissionais do poder pragmático, cada vez menos camuflados, cada vez mais ousados em defender os interesses que representam (claramente interesses mais limitados do que os 40% de portugueses que votaram neles)
CDS - PP: Podia ter sido algo na direita mas jaz morto e arrefece, com um pivete que não se suporta (corre riscos de contaminar criando epidemia)
PCP: revisitação de UMA utopia sistematicamente mal interpretada. Provoca perda de todos os sentido humanos a curto prazo.
Conclusão? É melhor chamarem um técnico que repare os semáforos, por que até lá fico em casa viajando pelos blogues.
Hi there!
Just a short message for those who come here, probably misleaded or maybe not.
A special hello to the last visitor that come from Island.
I hope to go there phisicaly one of these days!
Oh! By the way, for those who do not know: an Adufe is a hand drum made of wood and streached leather, generaly played by women. It is used in the portuguese (and brazilian) folk music for centuries. It is probably of Arab origin.
Just a short message for those who come here, probably misleaded or maybe not.
A special hello to the last visitor that come from Island.
I hope to go there phisicaly one of these days!
Oh! By the way, for those who do not know: an Adufe is a hand drum made of wood and streached leather, generaly played by women. It is used in the portuguese (and brazilian) folk music for centuries. It is probably of Arab origin.
sábado, julho 26, 2003
Como evitar um golpe militar II - a vergonha continua (act.)
Ora se não há gasolina para os tanques invadirem os centros de poder e se estamos num regime democrático autêntico, o que é que temos mais parecido com um golpe de estado militar? Ou uma greve de zelo dos militares em peso, ou ter, por exemplo, o chefe do estado maior do exército a demitir-se afirmando "Perdi a confiança no senhor Ministro da Defesa"! E este não é propriamente o primeiro caso, lembram-se?
Pelo que ouvi hoje na TSF o ministro, ou alguém por ele, anda a contaminar as forças armadas com a política da intriga e do mexerico à boa maneira do "dividir para reinar". Entretanto o "a bem da nação" em termos de defesa fica para, talvez, quem sabe, o próximo governo?
Tenha vergonha caro Ministro. Arranje um pouca da elevação que demonstraram os seus antepassados e demita-se deixando o governo a quem sabe governar. A bem da nação...
Eis um comentário interessante do sempre estimulante General Loureiro dos Santos, "Interferência do comando político no comando militar é «inaceitável»(..) Considerou ainda que o ministro da Defesa não pode ficar mais fragilizado do que já está com a demissão de Silva Viegas porque «a consideração que deveria ter pelos seus subordinados é diminuta se não inexistente».
De facto, o poder militar está, e tem de estar, subordinado ao poder político mas o respeito pela lei vigente impõe que os militares exerçam as competências que têm. Estranha concepção de poder perpassa por alguns ministros deste governo. Preocupante...
Ora se não há gasolina para os tanques invadirem os centros de poder e se estamos num regime democrático autêntico, o que é que temos mais parecido com um golpe de estado militar? Ou uma greve de zelo dos militares em peso, ou ter, por exemplo, o chefe do estado maior do exército a demitir-se afirmando "Perdi a confiança no senhor Ministro da Defesa"! E este não é propriamente o primeiro caso, lembram-se?
Pelo que ouvi hoje na TSF o ministro, ou alguém por ele, anda a contaminar as forças armadas com a política da intriga e do mexerico à boa maneira do "dividir para reinar". Entretanto o "a bem da nação" em termos de defesa fica para, talvez, quem sabe, o próximo governo?
Tenha vergonha caro Ministro. Arranje um pouca da elevação que demonstraram os seus antepassados e demita-se deixando o governo a quem sabe governar. A bem da nação...
Eis um comentário interessante do sempre estimulante General Loureiro dos Santos, "Interferência do comando político no comando militar é «inaceitável»(..) Considerou ainda que o ministro da Defesa não pode ficar mais fragilizado do que já está com a demissão de Silva Viegas porque «a consideração que deveria ter pelos seus subordinados é diminuta se não inexistente».
De facto, o poder militar está, e tem de estar, subordinado ao poder político mas o respeito pela lei vigente impõe que os militares exerçam as competências que têm. Estranha concepção de poder perpassa por alguns ministros deste governo. Preocupante...
Afinal ainda cá volto...(e com um boneco!)
Então não é que o concelho de Penamacor - um dos mais pobres da nação admita-se - vai entrar na rede da economias renováveis?!
Andava vagueando pela net em busca outros benqueridos - é assim que se chamam os lá da tera :)) - e dou com este atraente Portal das Energias Renováveis da empresa Enerlink e por lá se diz a páginas tantas que:
Parque eólico vai avançar
Penamacor Energia Arranque da construção do equipamento está previsto para 2004 Presidente da Câmara diz que a economia da região vai beneficiar a vários níveis, como a criação de emprego.
Deverá arrancar já no próximo ano a construção do parque eólico de Penamacor. Com um total de 35 aerogeradores, o parque vai nascer numa cordilheira entre Penamacor, Meimoa e Benquerença e será ligado à rede eléctrica nacional na subestação de Ferro, já no vizinho concelho da Covilhã.
Quem se interessa por este assunto encontrará nestas páginas extensa informação que me parece estar actualizada.
Agora é que é. Vou para a terra dos sonhos (não um blog com este nome?).
Então não é que o concelho de Penamacor - um dos mais pobres da nação admita-se - vai entrar na rede da economias renováveis?!
Andava vagueando pela net em busca outros benqueridos - é assim que se chamam os lá da tera :)) - e dou com este atraente Portal das Energias Renováveis da empresa Enerlink e por lá se diz a páginas tantas que:
Parque eólico vai avançar
Penamacor Energia Arranque da construção do equipamento está previsto para 2004 Presidente da Câmara diz que a economia da região vai beneficiar a vários níveis, como a criação de emprego.
Deverá arrancar já no próximo ano a construção do parque eólico de Penamacor. Com um total de 35 aerogeradores, o parque vai nascer numa cordilheira entre Penamacor, Meimoa e Benquerença e será ligado à rede eléctrica nacional na subestação de Ferro, já no vizinho concelho da Covilhã.
Quem se interessa por este assunto encontrará nestas páginas extensa informação que me parece estar actualizada.
Agora é que é. Vou para a terra dos sonhos (não um blog com este nome?).
Fotografias
Quase não há fotografias da Benquerença na net... e eu não tenho saber e arte para as lá (cá) pôr, por enquanto.
Mas para compensar e fechar a função com belas imagens é só ir, por exemplo, comer um Jaquizinho ao tasco de um Algarvio, Sportiguista e Liberal...
Lindos "bonecos"... parabéns.
Quase não há fotografias da Benquerença na net... e eu não tenho saber e arte para as lá (cá) pôr, por enquanto.
Mas para compensar e fechar a função com belas imagens é só ir, por exemplo, comer um Jaquizinho ao tasco de um Algarvio, Sportiguista e Liberal...
Lindos "bonecos"... parabéns.
De onde venho...
Dei uma espreitadela ao que diz a Câmara Municipal sobre a minha segunda terra, a da minha família. Ora leiam lá esta pérolazinha a sublinhado ali em baixo:
A freguesia da Benquerença está situada a oeste, a cerca de 17Km de Penamacor. Fica situada entre as serras de Santa Marta e da Opa e na margem esquerda da ribeira da Meimoa.
Teve a sua origem entre 1321 e 1607 e resultou da união de diversos povoados e quintas. Entre eles destacam-se o povoado de Santa Maria da Quebrada, o povoado do Forte Guilherme, o povoado do Simão e o povoado da Boa Rapariga.
Somente existe registo do povoado de Santa Maria da Quebrada. A junção de todos estes povoados formou o que é hoje a freguesia da Benquerença.
Dizem que a origem do seu nome, se deve ao facto dos seus habitantes se darem muito bem.
Tem um interessante património cultural: a Igreja Matriz, a Capela de Nossa Senhora da Quebrada, o Cruzeiro, o Nicho de Santa Marta, Fontes de Mergulho, zona arqueológica e Moinhos.
Digam lá se não é uma terra com uma (aparentemente pequena) história simpática...
Um destes dias prometo outras histórias sobre a raia beirã.
Pormenores adicionais de foro diverso: aqui.
Dei uma espreitadela ao que diz a Câmara Municipal sobre a minha segunda terra, a da minha família. Ora leiam lá esta pérolazinha a sublinhado ali em baixo:
A freguesia da Benquerença está situada a oeste, a cerca de 17Km de Penamacor. Fica situada entre as serras de Santa Marta e da Opa e na margem esquerda da ribeira da Meimoa.
Teve a sua origem entre 1321 e 1607 e resultou da união de diversos povoados e quintas. Entre eles destacam-se o povoado de Santa Maria da Quebrada, o povoado do Forte Guilherme, o povoado do Simão e o povoado da Boa Rapariga.
Somente existe registo do povoado de Santa Maria da Quebrada. A junção de todos estes povoados formou o que é hoje a freguesia da Benquerença.
Dizem que a origem do seu nome, se deve ao facto dos seus habitantes se darem muito bem.
Tem um interessante património cultural: a Igreja Matriz, a Capela de Nossa Senhora da Quebrada, o Cruzeiro, o Nicho de Santa Marta, Fontes de Mergulho, zona arqueológica e Moinhos.
Digam lá se não é uma terra com uma (aparentemente pequena) história simpática...
Um destes dias prometo outras histórias sobre a raia beirã.
Pormenores adicionais de foro diverso: aqui.
sexta-feira, julho 25, 2003
Informação Útil (act)
A minha amiga A.S. que por vezes vai contribuindo involuntariamente para a elaboração deste blog, enviou-me mais uma dica útil para todos.
Trata-se de um serviço fornecido pelo Instituto de Seguros de Portugal que permite, através da matrícula, saber qual a seguradora de um veículo. Num país onde quase todos conhecemos exemplos de mau civismo esta informação pode simplificar, senão evitar, algumas chatices.
Cá está a maravilha: <Seguradora pela matrícula>
Nota: Mudei de seguradora há um mês e a informação ainda não está actualizada, mas vamos admitir que esta é a excepção.
Um beijinho para a Ana!
E já agora para minha M. não vá ela ficar com ciúmes :))
Homem prevenido... ;)
Actualização: A M. que percebe destas coisas acabou de me informar que o ficheiro é actualizado uma vez por mês, por isso a "desactualização" referida está dentro da tolerância.
Fiquem bem!
A minha amiga A.S. que por vezes vai contribuindo involuntariamente para a elaboração deste blog, enviou-me mais uma dica útil para todos.
Trata-se de um serviço fornecido pelo Instituto de Seguros de Portugal que permite, através da matrícula, saber qual a seguradora de um veículo. Num país onde quase todos conhecemos exemplos de mau civismo esta informação pode simplificar, senão evitar, algumas chatices.
Cá está a maravilha: <Seguradora pela matrícula>
Nota: Mudei de seguradora há um mês e a informação ainda não está actualizada, mas vamos admitir que esta é a excepção.
Um beijinho para a Ana!
E já agora para minha M. não vá ela ficar com ciúmes :))
Homem prevenido... ;)
Actualização: A M. que percebe destas coisas acabou de me informar que o ficheiro é actualizado uma vez por mês, por isso a "desactualização" referida está dentro da tolerância.
Fiquem bem!
"Declaração de amor à Economist"
Depois de já aqui ter trazido o metrossexual - uma curiosa invenção da Economist - encontro um assinante da dita que nos ressalta o delicioso lema desta muito educativa publicação. A reter: " to take part in a severe contest between intelligence, which presses forward, and an unworthy, timid ignorance obstructing our progress."
Para mais coisas interessantes no Terras do Nunca é ir aqui.
Ainda sobre imprensa/media, temo pela TSF. Espero que não se esteja em risco de desvirtuar a melhor rádio informativa de Portugal e arredores. As últimas notícias são no mínimo preocupantes...
Depois de já aqui ter trazido o metrossexual - uma curiosa invenção da Economist - encontro um assinante da dita que nos ressalta o delicioso lema desta muito educativa publicação. A reter: " to take part in a severe contest between intelligence, which presses forward, and an unworthy, timid ignorance obstructing our progress."
Para mais coisas interessantes no Terras do Nunca é ir aqui.
Ainda sobre imprensa/media, temo pela TSF. Espero que não se esteja em risco de desvirtuar a melhor rádio informativa de Portugal e arredores. As últimas notícias são no mínimo preocupantes...
Como evitar um golpe militar
A dica vem no último parágrafo de uma notícia do Estado de São Paulo sobre a previsivel extradição para Espanha de 46 militares presumivelmente envolvidos em atrocidades durante o período da ditadura Argentina.
“A expectativa é que nos próximos dias Kirchner revogue um decreto, assinado em 2001 pelo ex-presidente Fernando de la Rúa, que proibia as extradições de militares.
Nos quartéis, o nervosismo predomina. Segundo analistas, os militares sequer possuem capacidade de dar um golpe. "Não temos nem gasolina para levar os tanques até a esquina, muito menos até a Casa Rosada", explicou recentemente ao Estado um coronel do Exército.”
Parece que pelo menos por cá também não corremos riscos de golpe de estado.
A dica vem no último parágrafo de uma notícia do Estado de São Paulo sobre a previsivel extradição para Espanha de 46 militares presumivelmente envolvidos em atrocidades durante o período da ditadura Argentina.
“A expectativa é que nos próximos dias Kirchner revogue um decreto, assinado em 2001 pelo ex-presidente Fernando de la Rúa, que proibia as extradições de militares.
Nos quartéis, o nervosismo predomina. Segundo analistas, os militares sequer possuem capacidade de dar um golpe. "Não temos nem gasolina para levar os tanques até a esquina, muito menos até a Casa Rosada", explicou recentemente ao Estado um coronel do Exército.”
Parece que pelo menos por cá também não corremos riscos de golpe de estado.
E se amanhã demitissem o Constâncio - INE III
Volto ao tema que longamente abordei aqui ontem para vos deixar outra opinião com a qual concordo em absoluto. Paulo Ferreira director-adjunto do Jornal de Negócios fala assim no editorial de hoje.
É muito pouco avisado colocar uma entidade como o Instituto Nacional de Estatística na tutela de um dos mais políticos gabinetes ministriais, como o da Presidência do Conselho de Ministros. Nuno Morais Sarmento é um elemento-chave na gestão global da agenda política da governação. Além da tutela da Comunicação Social do Estado, Morais Sarmento controla toda a produção legislativa do Governo, o agendamento de matérias para o Conselho de Ministros e gere a máquina informática e de informação do Executivo.
É este mesmo ministro que justifica a demissão da direcção do INE com uma avaliação efectuada ao sistema nacional de estatística, que não apresentou mas se presume negativa, e com a necessidade de efectuar uma reestruturação do instituto.
Morais Sarmento pode ter estes motivos plenamente sustentados. E a estes pode ainda acrescentar outros.
Pode, por exemplo, invocar que a qualidade das estatísticas produzidas pelo INE tem sido posta em causa mais vezes do que é desejável. E pode dar exemplos disso. (…) Mas por muito razoáveis que sejam as razões, o ministro não pode demitir a direcção do INE a meio de um mandato como quem muda o coordenador do Gabinete do Serviço Cívico dos Objectores de Consciência. Tal como não pode substituir dessa forma o governador do Banco de Portugal.
A mudança da direcção do instituto oficial de estatística não é, não pode ser, um acto banal de gestão corrente do Governo.
Simplesmente porque o INE não é, ou não devia ser, uma entidade qualquer. A importância extrema da sua função conferem-lhe um estatuto de independência formal e legal face ao poder político. E isso não acontece por acaso. A gestão da informação é uma característica indissociável do exercício da política. E a estatística, enquanto que se quer fiel de uma realidade, é informação tão preciosa quanto tentadora é a sua manipulação e gestão política.
Nos Estados modernos já há boas formas de cuidar destas aparências. Uma delas é “blindar” os mandatos das investidas do poder político, ficando este obrigado a ser mais criterioso nas nomeações irreversíveis que faz. Já fazemos isso em alguns organismo de supervisão e regulação. Outra é fazer passar nomeações por maiorias reforçadas no Parlamento, como é o caso do Provedor de Justiça. Porque, em política, o que parece é tão importante como o ser.
Volto ao tema que longamente abordei aqui ontem para vos deixar outra opinião com a qual concordo em absoluto. Paulo Ferreira director-adjunto do Jornal de Negócios fala assim no editorial de hoje.
É muito pouco avisado colocar uma entidade como o Instituto Nacional de Estatística na tutela de um dos mais políticos gabinetes ministriais, como o da Presidência do Conselho de Ministros. Nuno Morais Sarmento é um elemento-chave na gestão global da agenda política da governação. Além da tutela da Comunicação Social do Estado, Morais Sarmento controla toda a produção legislativa do Governo, o agendamento de matérias para o Conselho de Ministros e gere a máquina informática e de informação do Executivo.
É este mesmo ministro que justifica a demissão da direcção do INE com uma avaliação efectuada ao sistema nacional de estatística, que não apresentou mas se presume negativa, e com a necessidade de efectuar uma reestruturação do instituto.
Morais Sarmento pode ter estes motivos plenamente sustentados. E a estes pode ainda acrescentar outros.
Pode, por exemplo, invocar que a qualidade das estatísticas produzidas pelo INE tem sido posta em causa mais vezes do que é desejável. E pode dar exemplos disso. (…) Mas por muito razoáveis que sejam as razões, o ministro não pode demitir a direcção do INE a meio de um mandato como quem muda o coordenador do Gabinete do Serviço Cívico dos Objectores de Consciência. Tal como não pode substituir dessa forma o governador do Banco de Portugal.
A mudança da direcção do instituto oficial de estatística não é, não pode ser, um acto banal de gestão corrente do Governo.
Simplesmente porque o INE não é, ou não devia ser, uma entidade qualquer. A importância extrema da sua função conferem-lhe um estatuto de independência formal e legal face ao poder político. E isso não acontece por acaso. A gestão da informação é uma característica indissociável do exercício da política. E a estatística, enquanto que se quer fiel de uma realidade, é informação tão preciosa quanto tentadora é a sua manipulação e gestão política.
Nos Estados modernos já há boas formas de cuidar destas aparências. Uma delas é “blindar” os mandatos das investidas do poder político, ficando este obrigado a ser mais criterioso nas nomeações irreversíveis que faz. Já fazemos isso em alguns organismo de supervisão e regulação. Outra é fazer passar nomeações por maiorias reforçadas no Parlamento, como é o caso do Provedor de Justiça. Porque, em política, o que parece é tão importante como o ser.
Notícia de Última Hora!
Há quem a esta hora esteja a olhar para as estrelas e veja um Airbus a passar, outros já passam pelas brasas; eu informo o mundo que o serviço de recolha do lixo acabou de chegar à minha porta. O momento mais barulhento da rua acontece entre a meia noite e a uma da manhã...em Lisboa!
Boas noites e bons sonhos.
Há quem a esta hora esteja a olhar para as estrelas e veja um Airbus a passar, outros já passam pelas brasas; eu informo o mundo que o serviço de recolha do lixo acabou de chegar à minha porta. O momento mais barulhento da rua acontece entre a meia noite e a uma da manhã...em Lisboa!
Boas noites e bons sonhos.
Telejornal de hoje na RTP
Alinhamento das três primeiras notícias:
1ª notícia: "Um grupo de sete jurísticas lançou um apelo à reflexão sobre questões relativas à justiça agora que o caso Casa Pia dá tanto que falar..." [membros do grupo citados: Mário Soares e Freitas do Amaral...o nome de Leonor Beleza e dos outros quatro ficou por dizer] (...)
"O Bastonário da ordem dos advogados subscreve-as por inteiro..." [as questões a reflectir]
2ª notícia: "Há sete anos, ainda a palavra pedofilia era quase desconhecida em Portugal, a opinião pública de todo o mundo ficou chocada com os crimes de Mark Dutroux (?) na Bégica (...) Dutroux foi acusado de rapto e homicídio de várias adolescentes além de estar envolvido em pornografia infantil e diversas formas de tortura de menores ... "[a notícia vem a propósito de uma auto-promoção à versão completa de uma reportagem sobre esse caso a transmitir ainda hoje pela RTP]
3ª notícia: "O secretário geral do PS considera abjectas as notícias que hoje o voltam a envolver no processo Casa Pia. O Jornal Correio da Manhã afirma que o magistrado do Ministéio Público que investiga o caso recebeu uma denúncia de que Ferro Rodrigues terá protegido em tempos um ex-casa piano (...)"
Alinhamento das três primeiras notícias:
1ª notícia: "Um grupo de sete jurísticas lançou um apelo à reflexão sobre questões relativas à justiça agora que o caso Casa Pia dá tanto que falar..." [membros do grupo citados: Mário Soares e Freitas do Amaral...o nome de Leonor Beleza e dos outros quatro ficou por dizer] (...)
"O Bastonário da ordem dos advogados subscreve-as por inteiro..." [as questões a reflectir]
2ª notícia: "Há sete anos, ainda a palavra pedofilia era quase desconhecida em Portugal, a opinião pública de todo o mundo ficou chocada com os crimes de Mark Dutroux (?) na Bégica (...) Dutroux foi acusado de rapto e homicídio de várias adolescentes além de estar envolvido em pornografia infantil e diversas formas de tortura de menores ... "[a notícia vem a propósito de uma auto-promoção à versão completa de uma reportagem sobre esse caso a transmitir ainda hoje pela RTP]
3ª notícia: "O secretário geral do PS considera abjectas as notícias que hoje o voltam a envolver no processo Casa Pia. O Jornal Correio da Manhã afirma que o magistrado do Ministéio Público que investiga o caso recebeu uma denúncia de que Ferro Rodrigues terá protegido em tempos um ex-casa piano (...)"
quinta-feira, julho 24, 2003
E se amanhã demitissem o Constâncio - INE II
Governo demite direcção do INE
Medida é justificada com alteração do sistema estatístico nacional.
"O Governo entendeu pôr termo às funções da actual equipa dirigente do INE, abrindo claramente espaço para um novo projecto, que pretendemos implementar com a maior urgência", refere o gabinete do ministro da Presidência.
Notícia completa aqui.
É bem mais popular falar de reforma na saúde, na justiça. Mas acreditem que é muito importante para qualquer país que se preze ter um belo sistema estatístico. Ter informação estatística é conhecermo-nos um pouco melhor. E isso é importante,.
E depois, adivinhem quem é que reporta as estatísticas portuguesas para a União Europeia. Aquelas que condicionam fundos comunitários e podem determinar multas e penalizações. A partir do momento que ao INE se cole uma imagem de subserviência face ao(s) governo(s), outros serão chamados a informar a União Europeia.
O sistema estatístico nacional, cujo INE é a instituição basilar, precisa de mais transparência, mais competência e mais rigor. Precisa de um estatuto mais blindado face ao poder político - talvez nos moldes do Banco de Portugal. Hoje, tanto quanto sei, o INE não faz ideia de qual vai ser a dotação orçamental do próximo ano; no ano que corre perdeu a autonomia financeira que tinha e, necessariamente, este tipo de incerteza em que tem andado nos últimos anos fragiliza quem lá trabalha podendo comprometer a tal independência técnica.
Felizmente não há memória recente de erros grosseiros de cariz politizado. São frequentes querelas técnicas com outros organismo da administração central e particularmente com organismos do governo. Lembram-se da questão do défice que em certa medida opôs o INE e o Banco de Portugal ao Ministério das Finanças (governo PS)? Algumas das disputas são "forjadas" na imprensa outras são salutares, promotoras de ganhos mútuos típicos de discussões com base em argumentos sólidos e científicos. Servem por vezes para pôr a nu as limitações em que o INE vive, bem como, as dificuldades impostas ao trabalho de recolha de informação impostas pela lei e pelo uso.
Nós, os utilizadores, precisamos ter a garantia que o pessoal da estatística sabe o que faz e não depende das vontades políticas conjunturais para definir em que moldes e com que calendário divulga a informação que recolhe.
Na nossa vida do dia a dia é frequentemente determinante informação estatística. É importante para decidir da compra de uma casa, para decidir se este ou aquele negócio poderá ter pernas para andar, é importante para percebermos como estamos nós face aos outros, o que no caso de uma empresa pode revelar-se essencial para o seu futuro.
Esperemos que o governo implemente a reforma que falta e que atribua à estatística o papel e a independência que se impõe. E que não fiquem dúvidas dessas intenções quando se decide mudar a meio termo a direcção daquela casa. Imaginem o que não aconteceria se amanhã - se tal fosse possível - a ministra das finanças anunciasse a substituição do governador do Banco de Portugal...
Governo demite direcção do INE
Medida é justificada com alteração do sistema estatístico nacional.
"O Governo entendeu pôr termo às funções da actual equipa dirigente do INE, abrindo claramente espaço para um novo projecto, que pretendemos implementar com a maior urgência", refere o gabinete do ministro da Presidência.
Notícia completa aqui.
É bem mais popular falar de reforma na saúde, na justiça. Mas acreditem que é muito importante para qualquer país que se preze ter um belo sistema estatístico. Ter informação estatística é conhecermo-nos um pouco melhor. E isso é importante,.
E depois, adivinhem quem é que reporta as estatísticas portuguesas para a União Europeia. Aquelas que condicionam fundos comunitários e podem determinar multas e penalizações. A partir do momento que ao INE se cole uma imagem de subserviência face ao(s) governo(s), outros serão chamados a informar a União Europeia.
O sistema estatístico nacional, cujo INE é a instituição basilar, precisa de mais transparência, mais competência e mais rigor. Precisa de um estatuto mais blindado face ao poder político - talvez nos moldes do Banco de Portugal. Hoje, tanto quanto sei, o INE não faz ideia de qual vai ser a dotação orçamental do próximo ano; no ano que corre perdeu a autonomia financeira que tinha e, necessariamente, este tipo de incerteza em que tem andado nos últimos anos fragiliza quem lá trabalha podendo comprometer a tal independência técnica.
Felizmente não há memória recente de erros grosseiros de cariz politizado. São frequentes querelas técnicas com outros organismo da administração central e particularmente com organismos do governo. Lembram-se da questão do défice que em certa medida opôs o INE e o Banco de Portugal ao Ministério das Finanças (governo PS)? Algumas das disputas são "forjadas" na imprensa outras são salutares, promotoras de ganhos mútuos típicos de discussões com base em argumentos sólidos e científicos. Servem por vezes para pôr a nu as limitações em que o INE vive, bem como, as dificuldades impostas ao trabalho de recolha de informação impostas pela lei e pelo uso.
Nós, os utilizadores, precisamos ter a garantia que o pessoal da estatística sabe o que faz e não depende das vontades políticas conjunturais para definir em que moldes e com que calendário divulga a informação que recolhe.
Na nossa vida do dia a dia é frequentemente determinante informação estatística. É importante para decidir da compra de uma casa, para decidir se este ou aquele negócio poderá ter pernas para andar, é importante para percebermos como estamos nós face aos outros, o que no caso de uma empresa pode revelar-se essencial para o seu futuro.
Esperemos que o governo implemente a reforma que falta e que atribua à estatística o papel e a independência que se impõe. E que não fiquem dúvidas dessas intenções quando se decide mudar a meio termo a direcção daquela casa. Imaginem o que não aconteceria se amanhã - se tal fosse possível - a ministra das finanças anunciasse a substituição do governador do Banco de Portugal...
Pouca Terra I
ALGARVE
Pouca terra, pouca terra, muito tempo...
O comboio do Algarve para Lisboa demora mais uma hora [4 horas e 25 minutos] do que os autocarros expressos e, em primeira classe, custa mais 3 euros.
Notícia completa aqui.
Em qualquer negócio este tipo de eventos trazem publicidade gratuita (esta notícia por exemplo) que, se bem utilizada, representam um belo incentivo para o sucesso do investimento.
Neste caso, não houve condições para fazer coincidir no tempo a ligação "directa" Lisboa-Faro com a oferta de um bom serviço: mais confortável, rápido e competitivo ao nível do preço.
Ok. Paciência... é triste mas podemos encarar isto como um primeiro passo, sendo que os restantes estão já bem definidos e visam alcançar aquelas características que acabei de referir, certo?
Lendo o resto da notícia parece bem que não:
A CP anuncia para o próximo mês de Maio a inclusão de Inter-cidades, que podem fazer o percurso em três horas e 15 minutos.
Até aqui estamos bem...mas...
E, segundo a CP, «se no próximo ano houver um número significativo de passageiros», será introduzido o comboio pendular, que encurtaria o tempo de trajecto para duas horas e 45 minutos.
Ora aqui é que a porca torce o rabo... «Se no próximo ano houver um número significativo de passageiros»
Em que serviço? Vão utilizar um serviço que se sabe à partida que é menos competitivo como forma de fazer pesquisa de mercado? Eu poderia pensar seriamente em usar uma ligação Lisboa-Faro se me custasse o mesmo e demorasse o mesmo tempo que o autocarro. Pelo menos pela minha parte prefiro sempre o comboio. Agora de certeza que não me apanham numa viagem mais demorada e mais dispendiosa. Como ficamos de estudo de mercado? Poupem o trabalho, deitem a electrificação da linha para o lixo e fechem as portas, já!
Esta tem sido a lógica da CP pelo menos desde que eu comecei a ter consciência de existir. Aliar a degradação do serviço com a aplicação de formas de avaliação mais restritivas. Técnica geralmente usadas para justificar o encerramento de boa parte da rede ferroviária nacional.
É obvio que um mau serviço faz perder clientes e se for suficientemente mau fá-los perder todos.
É óbvio que o desenvolvimento dos serviço rodoviários de transporte inter-urbano aumentaram os níveis de concorrência e esvaziaram as linhas que pior serviço prestam.
Não me parece óbvio que o transporte ferroviário de passageiros esteja condenado a ser fatalmente deficitário.
É óbvio que a infra-estrutura e o material circulante carecem de investimento e imaginando a manutenção da correcção do desequilíbrio ao nível da prioridades políticas esse investimento que já foi largamente feito na rodovia vai continuar a “pingar” na ferrovia nos próximos tempos.
É também muito evidente que ao nível da exploração do serviço quase tudo tem de mudar. A lógica da Cp tem de ser a de captar novos clientes. Jogar para ganhar para não entrar a perder.
Esta discussão, como podem adivinhar, leva-nos longe e não vai ser num único post que conseguirei expressar aquilo que penso. No entanto, deixo aqui uma estupefacção particular.
Encerraram muitos quilómetro de via por todo o país nas últimas décadas, em regra o elevado custo de exploração e o reduzido número de utentes justificaram a inviabilidade financeira da exploração. Causas, muitas, mas os culpados principais nunca foram identificados no interior da empresa sempre surgiram como fatalidades inelutáveis: proliferação do transporte particular, concorrência do transporte rodoviário, desaparecimento de uma boa parte dos clientes cuja estrutura se encontrava muito envelhecida…
Fugindo à discussão sobre o como contabilizar o deve e haver deste serviço ocorre-me um exemplo que me parece paradigmático de uma má opção estratégica da CP. Para mim ele é simplesmente incompreensível.
Estou a pensar na ligação a uma capital de distrito do interior do país que entre 1991 e 2001 viu a sua população aumentar de forma assinalável. Progrediu economicamente, é um destino turístico cheio de potencialidades (histórico, paisagístico, gastronómico, desporto-aventura, de montanha, etc…) e tem junto a sim o principal eixo de entrada terrestre do nosso país. Uma cidade onde neste momento existe um dinâmico serviço de transporte de passageiros por via rodoviária que floresceu particularmente nos últimos anos. Em suma, para um leigo com algum conhecimento empírico o negócio de transportar passageiros em carreiras interurbanas tem tudo para ser rentável. A
população jovem é significativa, o número de estudantes a frequentar universidades em Lisboa e Porto não é desprezível... Não será Viseu um exemplo de dinamismo económico e social no interior do país? Acreditam que o negócio do transporte ferroviário deixou de ser interessante para a CP no final do século XX? Eu repito Viseu deixou de ter comboio no final do século XX. Por este andar e aplicando o mesmo raciocínio que terá levado ao encerramento do troço Santa Comba Dão – Viseu a nível nacional estou certo de que não deveria restar neste momento mais do que a ligação Lisboa-Porto. Viseu era um final de Linha, assim como já foi Évora… Outra capital de distrito que não tem ligação directa a Lisboa. Experimentem ir de comboio para Évora. Não é impossível mas quase não compete com a bicicleta. Enquanto utente, num país onde andar na estrada é no mínimo um acto de coragem, gostava ter opção de escolha.
ALGARVE
Pouca terra, pouca terra, muito tempo...
O comboio do Algarve para Lisboa demora mais uma hora [4 horas e 25 minutos] do que os autocarros expressos e, em primeira classe, custa mais 3 euros.
Notícia completa aqui.
Em qualquer negócio este tipo de eventos trazem publicidade gratuita (esta notícia por exemplo) que, se bem utilizada, representam um belo incentivo para o sucesso do investimento.
Neste caso, não houve condições para fazer coincidir no tempo a ligação "directa" Lisboa-Faro com a oferta de um bom serviço: mais confortável, rápido e competitivo ao nível do preço.
Ok. Paciência... é triste mas podemos encarar isto como um primeiro passo, sendo que os restantes estão já bem definidos e visam alcançar aquelas características que acabei de referir, certo?
Lendo o resto da notícia parece bem que não:
A CP anuncia para o próximo mês de Maio a inclusão de Inter-cidades, que podem fazer o percurso em três horas e 15 minutos.
Até aqui estamos bem...mas...
E, segundo a CP, «se no próximo ano houver um número significativo de passageiros», será introduzido o comboio pendular, que encurtaria o tempo de trajecto para duas horas e 45 minutos.
Ora aqui é que a porca torce o rabo... «Se no próximo ano houver um número significativo de passageiros»
Em que serviço? Vão utilizar um serviço que se sabe à partida que é menos competitivo como forma de fazer pesquisa de mercado? Eu poderia pensar seriamente em usar uma ligação Lisboa-Faro se me custasse o mesmo e demorasse o mesmo tempo que o autocarro. Pelo menos pela minha parte prefiro sempre o comboio. Agora de certeza que não me apanham numa viagem mais demorada e mais dispendiosa. Como ficamos de estudo de mercado? Poupem o trabalho, deitem a electrificação da linha para o lixo e fechem as portas, já!
Esta tem sido a lógica da CP pelo menos desde que eu comecei a ter consciência de existir. Aliar a degradação do serviço com a aplicação de formas de avaliação mais restritivas. Técnica geralmente usadas para justificar o encerramento de boa parte da rede ferroviária nacional.
É obvio que um mau serviço faz perder clientes e se for suficientemente mau fá-los perder todos.
É óbvio que o desenvolvimento dos serviço rodoviários de transporte inter-urbano aumentaram os níveis de concorrência e esvaziaram as linhas que pior serviço prestam.
Não me parece óbvio que o transporte ferroviário de passageiros esteja condenado a ser fatalmente deficitário.
É óbvio que a infra-estrutura e o material circulante carecem de investimento e imaginando a manutenção da correcção do desequilíbrio ao nível da prioridades políticas esse investimento que já foi largamente feito na rodovia vai continuar a “pingar” na ferrovia nos próximos tempos.
É também muito evidente que ao nível da exploração do serviço quase tudo tem de mudar. A lógica da Cp tem de ser a de captar novos clientes. Jogar para ganhar para não entrar a perder.
Esta discussão, como podem adivinhar, leva-nos longe e não vai ser num único post que conseguirei expressar aquilo que penso. No entanto, deixo aqui uma estupefacção particular.
Encerraram muitos quilómetro de via por todo o país nas últimas décadas, em regra o elevado custo de exploração e o reduzido número de utentes justificaram a inviabilidade financeira da exploração. Causas, muitas, mas os culpados principais nunca foram identificados no interior da empresa sempre surgiram como fatalidades inelutáveis: proliferação do transporte particular, concorrência do transporte rodoviário, desaparecimento de uma boa parte dos clientes cuja estrutura se encontrava muito envelhecida…
Fugindo à discussão sobre o como contabilizar o deve e haver deste serviço ocorre-me um exemplo que me parece paradigmático de uma má opção estratégica da CP. Para mim ele é simplesmente incompreensível.
Estou a pensar na ligação a uma capital de distrito do interior do país que entre 1991 e 2001 viu a sua população aumentar de forma assinalável. Progrediu economicamente, é um destino turístico cheio de potencialidades (histórico, paisagístico, gastronómico, desporto-aventura, de montanha, etc…) e tem junto a sim o principal eixo de entrada terrestre do nosso país. Uma cidade onde neste momento existe um dinâmico serviço de transporte de passageiros por via rodoviária que floresceu particularmente nos últimos anos. Em suma, para um leigo com algum conhecimento empírico o negócio de transportar passageiros em carreiras interurbanas tem tudo para ser rentável. A
população jovem é significativa, o número de estudantes a frequentar universidades em Lisboa e Porto não é desprezível... Não será Viseu um exemplo de dinamismo económico e social no interior do país? Acreditam que o negócio do transporte ferroviário deixou de ser interessante para a CP no final do século XX? Eu repito Viseu deixou de ter comboio no final do século XX. Por este andar e aplicando o mesmo raciocínio que terá levado ao encerramento do troço Santa Comba Dão – Viseu a nível nacional estou certo de que não deveria restar neste momento mais do que a ligação Lisboa-Porto. Viseu era um final de Linha, assim como já foi Évora… Outra capital de distrito que não tem ligação directa a Lisboa. Experimentem ir de comboio para Évora. Não é impossível mas quase não compete com a bicicleta. Enquanto utente, num país onde andar na estrada é no mínimo um acto de coragem, gostava ter opção de escolha.
INE - Baralhar e dar de novo
Mais uma mudança de topo feita pelo nosso governo. E mais uma vez numa área sensível.
"A Direcção do INE foi ontem informada da decisão da Tutela de nomear uma nova equipa directiva, a qual, ao que foi comunicado, tomará posse nos próximos dias."
O mandato de cada direcção tem uma vigência de 3 anos. Esta direcção foi destituída quando se preparava para concluir 2 anos de mandato. Estou curioso por saber quais os motivos que levaram o governo a tomar esta medida drástica num instituto que tem como valor basilar a independência técnica face ao poder político.
Cabe-nos esperar pela resposta... E tudo muito bem explicadinho!
Mais uma mudança de topo feita pelo nosso governo. E mais uma vez numa área sensível.
"A Direcção do INE foi ontem informada da decisão da Tutela de nomear uma nova equipa directiva, a qual, ao que foi comunicado, tomará posse nos próximos dias."
O mandato de cada direcção tem uma vigência de 3 anos. Esta direcção foi destituída quando se preparava para concluir 2 anos de mandato. Estou curioso por saber quais os motivos que levaram o governo a tomar esta medida drástica num instituto que tem como valor basilar a independência técnica face ao poder político.
Cabe-nos esperar pela resposta... E tudo muito bem explicadinho!
Regresso ao imaginário infantil...
No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...
No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormnindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão
Ferando Pessoa
No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...
No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormnindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão
Ferando Pessoa
quarta-feira, julho 23, 2003
Hipótese para Titanic ferroviário português amanhã!
ou
O Super Secretário de Estado!
Temos um secretário de estado..ahm... corajoso - como diria o Humphrey do Yes Prime Minister. Saiu no Público hoje com o seguinte título uma muito aguardada notícia:
Primeiro Comboio Directo Faro -Lisboa Faz Amanhã a Primeira Viagem
Por CARLOS CIPRIANO
Quarta-feira, 23 de Julho de 2003
Uns parágrafos adiante escreve-se:
O serviço tem início após um despacho do secretário de Estado dos Transportes, Seabra Ferreira, ter obrigado a Rede Ferroviária Nacional (Refer) e a CP a entenderem-se até ao dia 24 de Julho, tendo em conta o conflito existente entre as duas empresas sobre a possibilidade de os comboios circularem no troço em obras entre Coina e Pinhal Novo. A linha ainda não está homologada, a Refer impôs pesadas restrições (a velocidade máxima ali permitida é de 30 quilómetros/hora com duas paragens técnicas obrigatórias), mas o governante assumiu a responsabilidade e os comboios vão mesmo circular a partir de amanhã.
Ora digam lá se não é de homem!
Portugueses radicais, aproveitai esta arriscada aventura! No Comboio Descendente...
P.S.: Li esta depois de saber da história da construção do Corte Inglês apenas com licença de movimentação de terras...tirem-me deste filme! O nosso Hino é muito bonito mas hoje apetece-me emigrar!
Notícia completa aqui.
ou
O Super Secretário de Estado!
Temos um secretário de estado..ahm... corajoso - como diria o Humphrey do Yes Prime Minister. Saiu no Público hoje com o seguinte título uma muito aguardada notícia:
Primeiro Comboio Directo Faro -Lisboa Faz Amanhã a Primeira Viagem
Por CARLOS CIPRIANO
Quarta-feira, 23 de Julho de 2003
Uns parágrafos adiante escreve-se:
O serviço tem início após um despacho do secretário de Estado dos Transportes, Seabra Ferreira, ter obrigado a Rede Ferroviária Nacional (Refer) e a CP a entenderem-se até ao dia 24 de Julho, tendo em conta o conflito existente entre as duas empresas sobre a possibilidade de os comboios circularem no troço em obras entre Coina e Pinhal Novo. A linha ainda não está homologada, a Refer impôs pesadas restrições (a velocidade máxima ali permitida é de 30 quilómetros/hora com duas paragens técnicas obrigatórias), mas o governante assumiu a responsabilidade e os comboios vão mesmo circular a partir de amanhã.
Ora digam lá se não é de homem!
Portugueses radicais, aproveitai esta arriscada aventura! No Comboio Descendente...
P.S.: Li esta depois de saber da história da construção do Corte Inglês apenas com licença de movimentação de terras...tirem-me deste filme! O nosso Hino é muito bonito mas hoje apetece-me emigrar!
Notícia completa aqui.
Ferro Rodrigues
Segue opinião:
Independentemente de quem poderá vir a dar ordens de escuta no futuro, neste momento, o senhor Ferro Rodrigues membro do conselho de estado, pode estar sob escuta decidida por quem de direito. Ou seja, pode estar a ser investigado, seja por riscos de interferência com o exercício da justiça (justificação de legalidade duvidosa pelo que sei), seja por suspeita grave da prática de actos criminosos, certo?
Então investigue-se. Aguardemos com serenidade o fim das investigações, discuta-se o que se quiser discutir quanto às alterações a introduzir mas deixem-se de histerismo e vitimizações senhores. Para este jogo não é possível mudar as regras. E tal como assumo que até prova de culpa todos são inocentes também tenho o direito e o dever de assumir que os agentes da justiça estão a cumprir estritamente com o seu ofício. Nem mais, nem menos.
O PS está a prestar um mau serviço à democracia. E já agora o verborreico procurador também...
Quanto aos jornais chegamos a uma fase que acreditar é uma questão de fé.
Segue opinião:
Independentemente de quem poderá vir a dar ordens de escuta no futuro, neste momento, o senhor Ferro Rodrigues membro do conselho de estado, pode estar sob escuta decidida por quem de direito. Ou seja, pode estar a ser investigado, seja por riscos de interferência com o exercício da justiça (justificação de legalidade duvidosa pelo que sei), seja por suspeita grave da prática de actos criminosos, certo?
Então investigue-se. Aguardemos com serenidade o fim das investigações, discuta-se o que se quiser discutir quanto às alterações a introduzir mas deixem-se de histerismo e vitimizações senhores. Para este jogo não é possível mudar as regras. E tal como assumo que até prova de culpa todos são inocentes também tenho o direito e o dever de assumir que os agentes da justiça estão a cumprir estritamente com o seu ofício. Nem mais, nem menos.
O PS está a prestar um mau serviço à democracia. E já agora o verborreico procurador também...
Quanto aos jornais chegamos a uma fase que acreditar é uma questão de fé.
O Mal Servido ponto Come
No início de Abril tive umas chatices com a Carris por causa de um conjunto de bilhetes pré-comprados que tinha adquirido em Janeiro e que perderam a validade em Março devido ao aumento de preço. Como é natural, se compro bilhetes pré-comprados (e não o passe) não ando (não andava!) com muita regularidade na Carris logo, não troquei os ditos bilhetes durante o mês de Março como era permitido em alguns postos de venda da Carris.
Um belo dia entro no autocarro e só faltou o motorista bater-me por estar a querer usar o serviço com um bilhete inválido. Escusado será dizer que não me deixou entrar mesmo depois de me ter disposto a pagar o aumento de preço que tinha ocorrido. Sai calmamente e reclamei nos sítios de que me lembrei. Confesso que fiquei espantado pelas repercussões da coisa: carta publicada no Público; contacto rápido do "Provedor do cliente da Carris" e troca dos bilhetes antigos por novos - não sem forte incómodo pessoal (bonita estação a de Santo-Amaro-upon-Cascos-de-Rolha-às-nove-da-manhã-de-um-dia-normal-de-trabalho!).
Foi nessa altura que um amigo me apresentou o www.malservido.com. Não acredito que seja experiência única na Net em português, mas está bem feitinho e começa a ser um belo complemento da defesa do consumidor. Se tem reclamações a fazer e quer alargar o seu âmbito de acção à Net é ir aqui.
Junte-se a outros que se queixam do mesmo e com um bocadinho de sorte o alvo da queixa dá-lhe uma resposta que de outra forma não teria. É a Net a oferecer-nos meios para sairmos de uma modorra fatalista que nos torna maus servidores dos nosso próprios direitos.
Check it out here.
Eis o top de reclamações registadas nos últimos dias:
Top empresas (nº de queixas)
Empresa total (*)
TV Cabo [57]
Netcabo [40]
Optimus [21]
Estado [21]
Vodafone [19]
CaboVisão [17]
Portugal Telecom [16]
Clix [14]
TMN [14]
Câmara Municipal de Lisboa [13]
No início de Abril tive umas chatices com a Carris por causa de um conjunto de bilhetes pré-comprados que tinha adquirido em Janeiro e que perderam a validade em Março devido ao aumento de preço. Como é natural, se compro bilhetes pré-comprados (e não o passe) não ando (não andava!) com muita regularidade na Carris logo, não troquei os ditos bilhetes durante o mês de Março como era permitido em alguns postos de venda da Carris.
Um belo dia entro no autocarro e só faltou o motorista bater-me por estar a querer usar o serviço com um bilhete inválido. Escusado será dizer que não me deixou entrar mesmo depois de me ter disposto a pagar o aumento de preço que tinha ocorrido. Sai calmamente e reclamei nos sítios de que me lembrei. Confesso que fiquei espantado pelas repercussões da coisa: carta publicada no Público; contacto rápido do "Provedor do cliente da Carris" e troca dos bilhetes antigos por novos - não sem forte incómodo pessoal (bonita estação a de Santo-Amaro-upon-Cascos-de-Rolha-às-nove-da-manhã-de-um-dia-normal-de-trabalho!).
Foi nessa altura que um amigo me apresentou o www.malservido.com. Não acredito que seja experiência única na Net em português, mas está bem feitinho e começa a ser um belo complemento da defesa do consumidor. Se tem reclamações a fazer e quer alargar o seu âmbito de acção à Net é ir aqui.
Junte-se a outros que se queixam do mesmo e com um bocadinho de sorte o alvo da queixa dá-lhe uma resposta que de outra forma não teria. É a Net a oferecer-nos meios para sairmos de uma modorra fatalista que nos torna maus servidores dos nosso próprios direitos.
Check it out here.
Eis o top de reclamações registadas nos últimos dias:
Top empresas (nº de queixas)
Empresa total (*)
TV Cabo [57]
Netcabo [40]
Optimus [21]
Estado [21]
Vodafone [19]
CaboVisão [17]
Portugal Telecom [16]
Clix [14]
TMN [14]
Câmara Municipal de Lisboa [13]
Um selo singular (act.)
Quando era pequeno havia um livro lá em casa que guardava como um tesouro. Era grande e estreito e tinha uma capa colorida de inúmeras fotografias dispostas como um caleidoscópio. Não era um livro de bonecos como o do Mickey, Asterix ou Tin tin. Era "A História de Portugal". Gostava de sentir aquela capa rija e suave e passear o livro pela casa.
O livro tinha lá por dentro muitas janelas pequenas de onde se viam longínquos lugares e estranhos artefactos... Castelos, igrejas, figuras de reis e rainhas, instrumentos estranhos, navios, combóios, aviões...
Uma dessas janelas era bem diferente, muito discreta, quase não se via. Era um selo pequeno cheio de letras ainda mais pequenas que formavam quadradinhos bem alinhados. "Hino Nacional" diziam umas letras mais escuras que surgiam bem no cimo daquele selo.
Pai, o que é o Hino Nacional? E como se canta?
O selo já eu sabia para que servia: fazia chegar aos avós na terra e aos primos no Luxemburgo as cartas que escrevíamos e púnhamos no velho marco de ferro vermelho que guardava a esquina do mercado. Mas os selos que conhecia tinham desenhos de passarinhos, bonecos com gente vestida de várias modas... Este levava uma cantiga.
E estava impresso no livro... Não tinha o preço escrito em lado nenhum. Era pequeno como um selo, tinha as bordas recortadas como um selo, no entanto, não podia pô-lo numa carta.
Era bonita a canção: Heróis do mar nobre povo...
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte. Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu !
Brade a Europa à Terra inteira:
Portugal não pereceu !
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu Mundos novos ao Mundo !
Às armas, às armas !
Sobre a terra sobre o mar.
Às armas, às armas !
Pela Pátria lutar !
Contra os canhões marchar, marchar !
Poesia de H. Lopes de Mendonça
Música de Alfredo Keil
Versos do poema original que não foram incluidos no Hino Nacional PortuguêsFonte: http://www.terravista.pt/meiapraia/1222/hino.html
Quando era pequeno havia um livro lá em casa que guardava como um tesouro. Era grande e estreito e tinha uma capa colorida de inúmeras fotografias dispostas como um caleidoscópio. Não era um livro de bonecos como o do Mickey, Asterix ou Tin tin. Era "A História de Portugal". Gostava de sentir aquela capa rija e suave e passear o livro pela casa.
O livro tinha lá por dentro muitas janelas pequenas de onde se viam longínquos lugares e estranhos artefactos... Castelos, igrejas, figuras de reis e rainhas, instrumentos estranhos, navios, combóios, aviões...
Uma dessas janelas era bem diferente, muito discreta, quase não se via. Era um selo pequeno cheio de letras ainda mais pequenas que formavam quadradinhos bem alinhados. "Hino Nacional" diziam umas letras mais escuras que surgiam bem no cimo daquele selo.
Pai, o que é o Hino Nacional? E como se canta?
O selo já eu sabia para que servia: fazia chegar aos avós na terra e aos primos no Luxemburgo as cartas que escrevíamos e púnhamos no velho marco de ferro vermelho que guardava a esquina do mercado. Mas os selos que conhecia tinham desenhos de passarinhos, bonecos com gente vestida de várias modas... Este levava uma cantiga.
E estava impresso no livro... Não tinha o preço escrito em lado nenhum. Era pequeno como um selo, tinha as bordas recortadas como um selo, no entanto, não podia pô-lo numa carta.
Era bonita a canção: Heróis do mar nobre povo...
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte. Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu !
Brade a Europa à Terra inteira:
Portugal não pereceu !
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu Mundos novos ao Mundo !
Às armas, às armas !
Sobre a terra sobre o mar.
Às armas, às armas !
Pela Pátria lutar !
Contra os canhões marchar, marchar !
Poesia de H. Lopes de Mendonça
Música de Alfredo Keil
Versos do poema original que não foram incluidos no Hino Nacional PortuguêsFonte: http://www.terravista.pt/meiapraia/1222/hino.html
terça-feira, julho 22, 2003
Resistência Islâmica
Uma surpresa para mim. Temos um sheik iraniano radicado em Portugal (Sheik Sameer Baz) e o seu assistente, Moha Adbul, a editar quase diariamente o Resistência Islâmica. Estou nas primeiras leituras e vou acompanhar. É estimulante ver a blogoesfera cada vez mais diversificada. Em termos religiosos a coisa está a compôr-se. Imaginem o que ainda não descobrimos ou está surgindo por aí em cada novo dia!
Uma surpresa para mim. Temos um sheik iraniano radicado em Portugal (Sheik Sameer Baz) e o seu assistente, Moha Adbul, a editar quase diariamente o Resistência Islâmica. Estou nas primeiras leituras e vou acompanhar. É estimulante ver a blogoesfera cada vez mais diversificada. Em termos religiosos a coisa está a compôr-se. Imaginem o que ainda não descobrimos ou está surgindo por aí em cada novo dia!
Catarina
A Catarina nasceu ontem, filha de primos meus. Dorme como qualquer recém nascido, enternece como qualquer recém nascido, desperta devagarinho para a vida como se quer que qualquer recém nascido desperte... E exulta quando ouve o telemóvel do pai. Agita os braços, abre a boquinha, toda ela se agita ao ouvir esse som tão familiar dos últimos nove meses: «é o sporting, é o sporting...»
A Catarina nasceu ontem, filha de primos meus. Dorme como qualquer recém nascido, enternece como qualquer recém nascido, desperta devagarinho para a vida como se quer que qualquer recém nascido desperte... E exulta quando ouve o telemóvel do pai. Agita os braços, abre a boquinha, toda ela se agita ao ouvir esse som tão familiar dos últimos nove meses: «é o sporting, é o sporting...»
Esta que segue já circula na net há algum tempo...
Quando a li hoje outra vez soou-me a síntoma. Há por aí algum médico que diagnostique a doença e a cure já agora?
Um dos novos representantes iraquianos na ONU termina o seu discurso e caminha para o salão quando encontra o presidente Bush. Ambos apertam as mãos e enquanto caminham, diz o iraquiano:
"Sabe sr. Presidente, tenho uma pergunta acerca do que vi na América."
Diz o presidente Bush:
"Bem Embaixador, tudo o que eu possa fazer para o ajudar, pode dispor."
O esperançado Iraquiano pergunta:
"O meu filho vê o 'Star Trek' e lá existem russos, negros, asiáticos, mas nunca árabes. Ele ficou muito preocupado. Ele não entende porque é que nunca existem árabes no 'Star Trek'?"
O presidente Bush ri-se, inclina-se para o iraquiano, e responde-lhe:
"Isso é porque o Star Trek se passa no futuro!..."
Quando a li hoje outra vez soou-me a síntoma. Há por aí algum médico que diagnostique a doença e a cure já agora?
Um dos novos representantes iraquianos na ONU termina o seu discurso e caminha para o salão quando encontra o presidente Bush. Ambos apertam as mãos e enquanto caminham, diz o iraquiano:
"Sabe sr. Presidente, tenho uma pergunta acerca do que vi na América."
Diz o presidente Bush:
"Bem Embaixador, tudo o que eu possa fazer para o ajudar, pode dispor."
O esperançado Iraquiano pergunta:
"O meu filho vê o 'Star Trek' e lá existem russos, negros, asiáticos, mas nunca árabes. Ele ficou muito preocupado. Ele não entende porque é que nunca existem árabes no 'Star Trek'?"
O presidente Bush ri-se, inclina-se para o iraquiano, e responde-lhe:
"Isso é porque o Star Trek se passa no futuro!..."
segunda-feira, julho 21, 2003
Portugal sem carros (act.)
Continuando a explorar esta interessante página, www.carfree.com , [ ver post a baixo] encontro dados por país, identificando sítios onde a decisão política vedou o acesso aos automóveis.
E que referências temos ao nosso Portugal?
Na página Carfree Places identificam-se oito cidades com algum tipo de espaço ganho aos automóveis.
O maior detaque vai para Óbidos com uma classificação mais avançada fruto das grandes limitações ao trânsito automóvel no interior da cerca.
Também referenciadas nesta página temos:
- A Baixa de Lisboa (Rua Augusta)
- Os centros históricos de Santarém, Évora, Faro, Tavira, Coimbra e Viseu.
De memória, consigo já identificar algumas lacunas (Vila Real por exemplo). O que é certo é que temos muito que aprender com os nossos vizinhos. Com Marrocos por exemplo. São várias as medinas com acesso reservado a peões e transportes públicos...
Temos de nos habituar a uma cidade diferente e exigi-la.
Continuando a explorar esta interessante página, www.carfree.com , [ ver post a baixo] encontro dados por país, identificando sítios onde a decisão política vedou o acesso aos automóveis.
E que referências temos ao nosso Portugal?
Na página Carfree Places identificam-se oito cidades com algum tipo de espaço ganho aos automóveis.
O maior detaque vai para Óbidos com uma classificação mais avançada fruto das grandes limitações ao trânsito automóvel no interior da cerca.
Também referenciadas nesta página temos:
- A Baixa de Lisboa (Rua Augusta)
- Os centros históricos de Santarém, Évora, Faro, Tavira, Coimbra e Viseu.
De memória, consigo já identificar algumas lacunas (Vila Real por exemplo). O que é certo é que temos muito que aprender com os nossos vizinhos. Com Marrocos por exemplo. São várias as medinas com acesso reservado a peões e transportes públicos...
Temos de nos habituar a uma cidade diferente e exigi-la.
Veneza
Andava eu numa pesquisa na net e, completamente a despropósito, surge-me uma página curiosa com dicas para combater o domínio do automóvel no interior dos centros urbanos. A página é muito light, vai apresentando, com corzinhas e lindos bonecos, exemplos que visam atrair-nos para as vantagens do projecto. Uma alternativa interessante aos geralmente maçudos e encriptados trabalhos dos académicos...
Tem substrato.
Andava eu numa pesquisa na net e, completamente a despropósito, surge-me uma página curiosa com dicas para combater o domínio do automóvel no interior dos centros urbanos. A página é muito light, vai apresentando, com corzinhas e lindos bonecos, exemplos que visam atrair-nos para as vantagens do projecto. Uma alternativa interessante aos geralmente maçudos e encriptados trabalhos dos académicos...
Tem substrato.
domingo, julho 20, 2003
O país na TV
Ok. O Ferro Rodrigues tomou um chá e partiu para o ataque, de telemóvel na mão!
De facto que melhor arma para um candidato a São Jorge, nos dias que correm... Mas onde estão as cabeças do Dragão?
O que eu sei é que o senhor vice-presidente do Conselho Superior de Magistratura (CSM) que se apresentou hoje no telejornal da RTP 1, nos deve tomar a todos por parvos. Sensatez, contenção e autoridade. Esta era a sensação com que eu devia ficar depois de ouvir uma pessoa com as suas responsabilidades que acedeu a falar na TV. Deveria...
Caríssimos que por aqui passem, partilho largamente a opinião que acabei de ler no Desejo Casar. Poupo o meu português e remeto-os para lá.
Concluo apenas que escasseiam as mentes equilibradas pela justiça portuguesa. Pelo menos entre as que se atrevem a falar.
Confesso que cheguei a uma fase em que a cada vez que um magistrado abre a boca (do MP ou Judicial) vou tremendo de pavor com medo que mais se abale a confiança que neles tinha...e tenho. Espero sinceramente que a equipa que está a lidar concretamente com o caso da Casa Pia esteja a fazer um bom trabalho. Só posso desejar isso. Isso e que se passe da necessidade ao acto, na reformulação dos procedimentos e no colmatar de lacunas do sistema judicial e dos seus códigos que são agora tão evidentes aos olhos de tantos. Tanta incompetência acumulada de tanta gente, visível em tão pouco tempo, é dose. Mas havemos de aguentar. Só coisas boas podem vir desta crise. Acreditem.
Ok. O Ferro Rodrigues tomou um chá e partiu para o ataque, de telemóvel na mão!
De facto que melhor arma para um candidato a São Jorge, nos dias que correm... Mas onde estão as cabeças do Dragão?
O que eu sei é que o senhor vice-presidente do Conselho Superior de Magistratura (CSM) que se apresentou hoje no telejornal da RTP 1, nos deve tomar a todos por parvos. Sensatez, contenção e autoridade. Esta era a sensação com que eu devia ficar depois de ouvir uma pessoa com as suas responsabilidades que acedeu a falar na TV. Deveria...
Caríssimos que por aqui passem, partilho largamente a opinião que acabei de ler no Desejo Casar. Poupo o meu português e remeto-os para lá.
Concluo apenas que escasseiam as mentes equilibradas pela justiça portuguesa. Pelo menos entre as que se atrevem a falar.
Confesso que cheguei a uma fase em que a cada vez que um magistrado abre a boca (do MP ou Judicial) vou tremendo de pavor com medo que mais se abale a confiança que neles tinha...e tenho. Espero sinceramente que a equipa que está a lidar concretamente com o caso da Casa Pia esteja a fazer um bom trabalho. Só posso desejar isso. Isso e que se passe da necessidade ao acto, na reformulação dos procedimentos e no colmatar de lacunas do sistema judicial e dos seus códigos que são agora tão evidentes aos olhos de tantos. Tanta incompetência acumulada de tanta gente, visível em tão pouco tempo, é dose. Mas havemos de aguentar. Só coisas boas podem vir desta crise. Acreditem.
Íntima Fracção II
Para quem tem uma ligação à net de banda larga ouvir um dos últimos programas da Íntima Fração on-line é possível.
O último disponível é o de 5 de Julho (dividido pelas duas partes).
É só ir aqui e ouvir.
(Estou a fazer a experiência e vai correndo bem)...
Para quem tem uma ligação à net de banda larga ouvir um dos últimos programas da Íntima Fração on-line é possível.
O último disponível é o de 5 de Julho (dividido pelas duas partes).
É só ir aqui e ouvir.
(Estou a fazer a experiência e vai correndo bem)...
O Pai da Economia
“Bastava que se criassem crianças como se cria o gado e com o mesmo destino que este: vendidas no matadouro pelo melhor preço.”
Há já uns anos que não lia o texto de Swift que aqui republiquei alguns posts abaixo.
Os tempos de crise são conhecidos por apadrinharem grandes feitos. E à sua medida estas poucas páginas de Swift parecem-me um grande feito, pelo menos da política e literatura em inglês. Neste caso milhares de irlandeses morriam (e morreram mesmo) de fome devido à epidemia que atacou a base da sua agricultura (a batata) e devido ao extremo zelo da potência dominante em agravar a situação com impostos e indiferença. Confesso que entre as duas leituras me licenciei em economia e...
Caramba! É impressão minha ou uma belíssima parte dos fundamentos da economia estão claramente esboçados nestas poucas páginas de Swift? E de forma formalmente escorreita e inteiramente lógica? Uma boa parte dos fundamentos e maior parte ainda das linhas de orientação de política económica mais populares dos nossos dias.
Abstraindo-nos de preceitos morais, éticos e religiosos é difícil contrapor a lógica problema/ regulamentação-via-mercado/ solução que transparece deste texto chocante de Swift.
Sacrificando o insacrificável mas fazendo-o ainda assim, apresenta-nos uma solução que eliminada essa parcela é claramente positiva para todos. A Irlanda deixaria de sofrer de fome, aborto, balaça comercial deficitária (já havia os primeiros sinais de globalização na época), desequilíbrio orçamental (o tal défice que também a nós nos apoquenta), papistas (seria a primeira limpeza étnica da época moderna?), falta de boas maneiras (consta que com tantos filhos havia graves problemas educacionais), etc, etc. E a auto-estima de toda a nação (servos e servidos) atingiria níveis elevadíssimos. Nada poderia correr mal. Bastava que se criassem crianças como se cria o gado e com o mesmo destino que este: vendidas no matadouro pelo melhor preço.
O desafio do professor de história do 12º ano - a quem "dediquei" a republicação do texto no post -, após ter resolvido mandar o programa curricular para o lixo, foi precisamente impor aos alunos a mais violenta das críticas que pudéssemos conceber sem que para tal se usassem argumentos éticos, morais ou religiosos... Uma forma, no entender do docente, de "vos preparar para algumas surpresas da faculdade e arredores".
Querem fazer a experiência?
Adam Smith escreveu a sua monumental obra "A Riqueza das Nações" alguns anos depois... Cá para mim este professor de filosofia política (e, mal sabia ele, de Economia) era leitor assíduo de Swift, só pode!
“Bastava que se criassem crianças como se cria o gado e com o mesmo destino que este: vendidas no matadouro pelo melhor preço.”
Há já uns anos que não lia o texto de Swift que aqui republiquei alguns posts abaixo.
Os tempos de crise são conhecidos por apadrinharem grandes feitos. E à sua medida estas poucas páginas de Swift parecem-me um grande feito, pelo menos da política e literatura em inglês. Neste caso milhares de irlandeses morriam (e morreram mesmo) de fome devido à epidemia que atacou a base da sua agricultura (a batata) e devido ao extremo zelo da potência dominante em agravar a situação com impostos e indiferença. Confesso que entre as duas leituras me licenciei em economia e...
Caramba! É impressão minha ou uma belíssima parte dos fundamentos da economia estão claramente esboçados nestas poucas páginas de Swift? E de forma formalmente escorreita e inteiramente lógica? Uma boa parte dos fundamentos e maior parte ainda das linhas de orientação de política económica mais populares dos nossos dias.
Abstraindo-nos de preceitos morais, éticos e religiosos é difícil contrapor a lógica problema/ regulamentação-via-mercado/ solução que transparece deste texto chocante de Swift.
Sacrificando o insacrificável mas fazendo-o ainda assim, apresenta-nos uma solução que eliminada essa parcela é claramente positiva para todos. A Irlanda deixaria de sofrer de fome, aborto, balaça comercial deficitária (já havia os primeiros sinais de globalização na época), desequilíbrio orçamental (o tal défice que também a nós nos apoquenta), papistas (seria a primeira limpeza étnica da época moderna?), falta de boas maneiras (consta que com tantos filhos havia graves problemas educacionais), etc, etc. E a auto-estima de toda a nação (servos e servidos) atingiria níveis elevadíssimos. Nada poderia correr mal. Bastava que se criassem crianças como se cria o gado e com o mesmo destino que este: vendidas no matadouro pelo melhor preço.
O desafio do professor de história do 12º ano - a quem "dediquei" a republicação do texto no post -, após ter resolvido mandar o programa curricular para o lixo, foi precisamente impor aos alunos a mais violenta das críticas que pudéssemos conceber sem que para tal se usassem argumentos éticos, morais ou religiosos... Uma forma, no entender do docente, de "vos preparar para algumas surpresas da faculdade e arredores".
Querem fazer a experiência?
Adam Smith escreveu a sua monumental obra "A Riqueza das Nações" alguns anos depois... Cá para mim este professor de filosofia política (e, mal sabia ele, de Economia) era leitor assíduo de Swift, só pode!
sábado, julho 19, 2003
Peter Gabriel
Além de vir episodicamente de férias ao Algarve, desde que eu nasci, acho que este senhor nunca se dignou vir encantar-nos com um espectáculo em Portugal.
E logo nós que precisamos tanto que nos elevem o espírito.
Signal To Noise
you know the way that things go
when what you fight for starts to fall
and in that fuzzy picture
the writing stands out on the wall
so clearly on the wall
nusrat qwalli section
send out the signals deep and loud
and in this place, can you reassure me
with a touch, a smile - while the cradle’s burning
all the while the world is turning to noise
oh the more that it’s surrounding us
the more that it destroys
turn up the signal
wipe out the noise
nusrat qwalli section
send out the signal deep and loud
man i'm losing sound and sight
of all those who can tell me wrong from right
when all things beautiful and bright
sink in the night
yet there’s still something in my heart
that can find a way
to make a start
to turn up the signal
wipe out the noise
wipe out the noise
wipe out the noise
you know that’s it
you know that’s it
you know that’s it
receive and transmit
receive and transmit
receive and transmit
you know that’s it
you know that’s it
receive and transmit
you know that’s it
you know that’s it
receive and transmit
Além de vir episodicamente de férias ao Algarve, desde que eu nasci, acho que este senhor nunca se dignou vir encantar-nos com um espectáculo em Portugal.
E logo nós que precisamos tanto que nos elevem o espírito.
Signal To Noise
you know the way that things go
when what you fight for starts to fall
and in that fuzzy picture
the writing stands out on the wall
so clearly on the wall
nusrat qwalli section
send out the signals deep and loud
and in this place, can you reassure me
with a touch, a smile - while the cradle’s burning
all the while the world is turning to noise
oh the more that it’s surrounding us
the more that it destroys
turn up the signal
wipe out the noise
nusrat qwalli section
send out the signal deep and loud
man i'm losing sound and sight
of all those who can tell me wrong from right
when all things beautiful and bright
sink in the night
yet there’s still something in my heart
that can find a way
to make a start
to turn up the signal
wipe out the noise
wipe out the noise
wipe out the noise
you know that’s it
you know that’s it
you know that’s it
receive and transmit
receive and transmit
receive and transmit
you know that’s it
you know that’s it
receive and transmit
you know that’s it
you know that’s it
receive and transmit
Insónias? Vai uma sátirazinha à moda antiga?
A Modest Proposal
By Jonathan Swift (1729)
Ao meu professor de história do 12º ano e ao Nelson do DesBlogueador de Conversa
Jonathan Swift (1667-1745), author and satirist, famous for Gulliver's Travels (1726) and A Modest Proposal (1729). This proposal, where he suggests that the Irish eat their own children, is one of his most drastic pieces. He devoted much of his writing to the struggle for Ireland against the English hegemony. Fonte: http://art-bin.com/art/omodest.html
About this text.
It is a melancholy object to those who walk through this great town or travel in the country, when they see the streets, the roads, and cabin doors, crowded with beggars of the female sex, followed by three, four, or six children, all in rags and importuning every passenger for an alms. These mothers, instead of being able to work for their honest livelihood, are forced to employ all their time in strolling to beg sustenance for their helpless infants: who as they grow up either turn thieves for want of work, or leave their dear native country to fight for the Pretender in Spain, or sell themselves to the Barbadoes.
I think it is agreed by all parties that this prodigious number of children in the arms, or on the backs, or at the heels of their mothers, and frequently of their fathers, is in the present deplorable state of the kingdom a very great additional grievance; and, therefore, whoever could find out a fair, cheap, and easy method of making these children sound, useful members of the commonwealth, would deserve so well of the public as to have his statue set up for a preserver of the nation.
But my intention is very far from being confined to provide only for the children of professed beggars; it is of a much greater extent, and shall take in the whole number of infants at a certain age who are born of parents in effect as little able to support them as those who demand our charity in the streets.
”I have been assured by a very knowing American of my acquaintance in London, that a young healthy child well nursed is at a year old a most delicious, nourishing, and wholesome food, whether stewed, roasted, baked, or boiled ...”
As to my own part, having turned my thoughts for many years upon this important subject, and maturely weighed the several schemes of other projectors, I have always found them grossly mistaken in the computation. It is true, a child just dropped from its dam may be supported by her milk for a solar year, with little other nourishment; at most not above the value of 2s., which the mother may certainly get, or the value in scraps, by her lawful occupation of begging; and it is exactly at one year old that I propose to provide for them in such a manner as instead of being a charge upon their parents or the parish, or wanting food and raiment for the rest of their lives, they shall on the contrary contribute to the feeding, and partly to the clothing, of many thousands.
There is likewise another great advantage in my scheme, that it will prevent those voluntary abortions, and that horrid practice of women murdering their bastard children, alas! too frequent among us! sacrificing the poor innocent babes I doubt more to avoid the expense than the shame, which would move tears and pity in the most savage and inhuman breast.
The number of souls in this kingdom being usually reckoned one million and a half, of these I calculate there may be about two hundred thousand couple whose wives are breeders; from which number I subtract thirty thousand couples who are able to maintain their own children, although I apprehend there cannot be so many, under the present distresses of the kingdom; but this being granted, there will remain an hundred and seventy thousand breeders. I again subtract fifty thousand for those women who miscarry, or whose children die by accident or disease within the year. There only remains one hundred and twenty thousand children of poor parents annually born. The question therefore is, how this number shall be reared and provided for, which, as I have already said, under the present situation of affairs, is utterly impossible by all the methods hitherto proposed. For we can neither employ them in handicraft or agriculture; we neither build houses (I mean in the country) nor cultivate land: they can very seldom pick up a livelihood by stealing, till they arrive at six years old, except where they are of towardly parts, although I confess they learn the rudiments much earlier, during which time, they can however be properly looked upon only as probationers, as I have been informed by a principal gentleman in the county of Cavan, who protested to me that he never knew above one or two instances under the age of six, even in a part of the kingdom so renowned for the quickest proficiency in that art.
I am assured by our merchants, that a boy or a girl before twelve years old is no salable commodity; and even when they come to this age they will not yield above three pounds, or three pounds and half-a-crown at most on the exchange; which cannot turn to account either to the parents or kingdom, the charge of nutriment and rags having been at least four times that value.
I shall now therefore humbly propose my own thoughts, which I hope will not be liable to the least objection.
I have been assured by a very knowing American of my acquaintance in London, that a young healthy child well nursed is at a year old a most delicious, nourishing, and wholesome food, whether stewed, roasted, baked, or boiled; and I make no doubt that it will equally serve in a fricassee or a ragout.
I do therefore humbly offer it to public consideration that of the hundred and twenty thousand children already computed, twenty thousand may be reserved for breed, whereof only one-fourth part to be males; which is more than we allow to sheep, black cattle or swine; and my reason is, that these children are seldom the fruits of marriage, a circumstance not much regarded by our savages, therefore one male will be sufficient to serve four females. That the remaining hundred thousand may, at a year old, be offered in the sale to the persons of quality and fortune through the kingdom; always advising the mother to let them suck plentifully in the last month, so as to render them plump and fat for a good table. A child will make two dishes at an entertainment for friends; and when the family dines alone, the fore or hind quarter will make a reasonable dish, and seasoned with a little pepper or salt will be very good boiled on the fourth day, especially in winter.
I have reckoned upon a medium that a child just born will weigh 12 pounds, and in a solar year, if tolerably nursed, increaseth to 28 pounds.
I grant this food will be somewhat dear, and therefore very proper for landlords, who, as they have already devoured most of the parents, seem to have the best title to the children.
Infant's flesh will be in season throughout the year, but more plentiful in March, and a little before and after; for we are told by a grave author, an eminent French physician, that fish being a prolific diet, there are more children born in Roman Catholic countries about nine months after Lent than at any other season; therefore, reckoning a year after Lent, the markets will be more glutted than usual, because the number of popish infants is at least three to one in this kingdom: and therefore it will have one other collateral advantage, by lessening the number of papists among us.
I have already computed the charge of nursing a beggar's child (in which list I reckon all cottagers, laborers, and four-fifths of the farmers) to be about two shillings per annum, rags included; and I believe no gentleman would repine to give ten shillings for the carcass of a good fat child, which, as I have said, will make four dishes of excellent nutritive meat, when he hath only some particular friend or his own family to dine with him. Thus the squire will learn to be a good landlord, and grow popular among his tenants; the mother will have eight shillings net profit, and be fit for work till she produces another child.
Those who are more thrifty (as I must confess the times require) may flay the carcass; the skin of which artificially dressed will make admirable gloves for ladies, and summer boots for fine gentlemen.
As to our city of Dublin, shambles may be appointed for this purpose in the most convenient parts of it, and butchers we may be assured will not be wanting; although I rather recommend buying the children alive, and dressing them hot from the knife, as we do roasting pigs.
A very worthy person, a true lover of his country, and whose virtues I highly esteem, was lately pleased in discoursing on this matter to offer a refinement upon my scheme. He said that many gentlemen of this kingdom, having of late destroyed their deer, he conceived that the want of venison might be well supplied by the bodies of young lads and maidens, not exceeding fourteen years of age nor under twelve; so great a number of both sexes in every country being now ready to starve for want of work and service; and these to be disposed of by their parents, if alive, or otherwise by their nearest relations. But with due deference to so excellent a friend and so deserving a patriot, I cannot be altogether in his sentiments; for as to the males, my American acquaintance assured me, from frequent experience, that their flesh was generally tough and lean, like that of our schoolboys by continual exercise, and their taste disagreeable; and to fatten them would not answer the charge. Then as to the females, it would, I think, with humble submission be a loss to the public, because they soon would become breeders themselves; and besides, it is not improbable that some scrupulous people might be apt to censure such a practice (although indeed very unjustly), as a little bordering upon cruelty; which, I confess, hath always been with me the strongest objection against any project, however so well intended.
But in order to justify my friend, he confessed that this expedient was put into his head by the famous Psalmanazar, a native of the island Formosa, who came from thence to London above twenty years ago, and in conversation told my friend, that in his country when any young person happened to be put to death, the executioner sold the carcass to persons of quality as a prime dainty; and that in his time the body of a plump girl of fifteen, who was crucified for an attempt to poison the emperor, was sold to his imperial majesty's prime minister of state, and other great mandarins of the court, in joints from the gibbet, at four hundred crowns. Neither indeed can I deny, that if the same use were made of several plump young girls in this town, who without one single groat to their fortunes cannot stir abroad without a chair, and appear at playhouse and assemblies in foreign fineries which they never will pay for, the kingdom would not be the worse.
Some persons of a desponding spirit are in great concern about that vast number of poor people, who are aged, diseased, or maimed, and I have been desired to employ my thoughts what course may be taken to ease the nation of so grievous an encumbrance. But I am not in the least pain upon that matter, because it is very well known that they are every day dying and rotting by cold and famine, and filth and vermin, as fast as can be reasonably expected. And as to the young laborers, they are now in as hopeful a condition; they cannot get work, and consequently pine away for want of nourishment, to a degree that if at any time they are accidentally hired to common labor, they have not strength to perform it; and thus the country and themselves are happily delivered from the evils to come.
I have too long digressed, and therefore shall return to my subject. I think the advantages by the proposal which I have made are obvious and many, as well as of the highest importance.
For first, as I have already observed, it would greatly lessen the number of papists, with whom we are yearly overrun, being the principal breeders of the nation as well as our most dangerous enemies; and who stay at home on purpose with a design to deliver the kingdom to the Pretender, hoping to take their advantage by the absence of so many good protestants, who have chosen rather to leave their country than stay at home and pay tithes against their conscience to an episcopal curate.
Secondly, The poorer tenants will have something valuable of their own, which by law may be made liable to distress and help to pay their landlord's rent, their corn and cattle being already seized, and money a thing unknown.
Thirdly, Whereas the maintenance of an hundred thousand children, from two years old and upward, cannot be computed at less than ten shillings a-piece per annum, the nation's stock will be thereby increased fifty thousand pounds per annum, beside the profit of a new dish introduced to the tables of all gentlemen of fortune in the kingdom who have any refinement in taste. And the money will circulate among ourselves, the goods being entirely of our own growth and manufacture.
Fourthly, The constant breeders, beside the gain of eight shillings sterling per annum by the sale of their children, will be rid of the charge of maintaining them after the first year.
Fifthly, This food would likewise bring great custom to taverns; where the vintners will certainly be so prudent as to procure the best receipts for dressing it to perfection, and consequently have their houses frequented by all the fine gentlemen, who justly value themselves upon their knowledge in good eating: and a skilful cook, who understands how to oblige his guests, will contrive to make it as expensive as they please.
Sixthly, This would be a great inducement to marriage, which all wise nations have either encouraged by rewards or enforced by laws and penalties. It would increase the care and tenderness of mothers toward their children, when they were sure of a settlement for life to the poor babes, provided in some sort by the public, to their annual profit instead of expense. We should see an honest emulation among the married women, which of them could bring the fattest child to the market. Men would become as fond of their wives during the time of their pregnancy as they are now of their mares in foal, their cows in calf, their sows when they are ready to farrow; nor offer to beat or kick them (as is too frequent a practice) for fear of a miscarriage.
Many other advantages might be enumerated. For instance, the addition of some thousand carcasses in our exportation of barreled beef, the propagation of swine's flesh, and improvement in the art of making good bacon, so much wanted among us by the great destruction of pigs, too frequent at our tables; which are no way comparable in taste or magnificence to a well-grown, fat, yearling child, which roasted whole will make a considerable figure at a lord mayor's feast or any other public entertainment. But this and many others I omit, being studious of brevity.
Supposing that one thousand families in this city, would be constant customers for infants flesh, besides others who might have it at merry meetings, particularly at weddings and christenings, I compute that Dublin would take off annually about twenty thousand carcasses; and the rest of the kingdom (where probably they will be sold somewhat cheaper) the remaining eighty thousand.
I can think of no one objection, that will possibly be raised against this proposal, unless it should be urged, that the number of people will be thereby much lessened in the kingdom. This I freely own, and 'twas indeed one principal design in offering it to the world. I desire the reader will observe, that I calculate my remedy for this one individual Kingdom of Ireland, and for no other that ever was, is, or, I think, ever can be upon Earth. Therefore let no man talk to me of other expedients: Of taxing our absentees at five shillings a pound: Of using neither cloaths, nor houshold furniture, except what is of our own growth and manufacture: Of utterly rejecting the materials and instruments that promote foreign luxury: Of curing the expensiveness of pride, vanity, idleness, and gaming in our women: Of introducing a vein of parsimony, prudence and temperance: Of learning to love our country, wherein we differ even from Laplanders, and the inhabitants of Topinamboo: Of quitting our animosities and factions, nor acting any longer like the Jews, who were murdering one another at the very moment their city was taken: Of being a little cautious not to sell our country and consciences for nothing: Of teaching landlords to have at least one degree of mercy towards their tenants. Lastly, of putting a spirit of honesty, industry, and skill into our shop-keepers, who, if a resolution could now be taken to buy only our native goods, would immediately unite to cheat and exact upon us in the price, the measure, and the goodness, nor could ever yet be brought to make one fair proposal of just dealing, though often and earnestly invited to it.
Therefore I repeat, let no man talk to me of these and the like expedients, 'till he hath at least some glympse of hope, that there will ever be some hearty and sincere attempt to put them into practice.
But, as to my self, having been wearied out for many years with offering vain, idle, visionary thoughts, and at length utterly despairing of success, I fortunately fell upon this proposal, which, as it is wholly new, so it hath something solid and real, of no expence and little trouble, full in our own power, and whereby we can incur no danger in disobliging England. For this kind of commodity will not bear exportation, and flesh being of too tender a consistence, to admit a long continuance in salt, although perhaps I could name a country, which would be glad to eat up our whole nation without it.
After all, I am not so violently bent upon my own opinion as to reject any offer proposed by wise men, which shall be found equally innocent, cheap, easy, and effectual. But before something of that kind shall be advanced in contradiction to my scheme, and offering a better, I desire the author or authors will be pleased maturely to consider two points. First, as things now stand, how they will be able to find food and raiment for an hundred thousand useless mouths and backs. And secondly, there being a round million of creatures in human figure throughout this kingdom, whose whole subsistence put into a common stock would leave them in debt two millions of pounds sterling, adding those who are beggars by profession to the bulk of farmers, cottagers, and laborers, with their wives and children who are beggars in effect: I desire those politicians who dislike my overture, and may perhaps be so bold as to attempt an answer, that they will first ask the parents of these mortals, whether they would not at this day think it a great happiness to have been sold for food, at a year old in the manner I prescribe, and thereby have avoided such a perpetual scene of misfortunes as they have since gone through by the oppression of landlords, the impossibility of paying rent without money or trade, the want of common sustenance, with neither house nor clothes to cover them from the inclemencies of the weather, and the most inevitable prospect of entailing the like or greater miseries upon their breed for ever.
I profess, in the sincerity of my heart, that I have not the least personal interest in endeavoring to promote this necessary work, having no other motive than the public good of my country, by advancing our trade, providing for infants, relieving the poor, and giving some pleasure to the rich. I have no children by which I can propose to get a single penny; the youngest being nine years old, and my wife past child-bearing.
The End
A Modest Proposal
By Jonathan Swift (1729)
Ao meu professor de história do 12º ano e ao Nelson do DesBlogueador de Conversa
Jonathan Swift (1667-1745), author and satirist, famous for Gulliver's Travels (1726) and A Modest Proposal (1729). This proposal, where he suggests that the Irish eat their own children, is one of his most drastic pieces. He devoted much of his writing to the struggle for Ireland against the English hegemony. Fonte: http://art-bin.com/art/omodest.html
About this text.
It is a melancholy object to those who walk through this great town or travel in the country, when they see the streets, the roads, and cabin doors, crowded with beggars of the female sex, followed by three, four, or six children, all in rags and importuning every passenger for an alms. These mothers, instead of being able to work for their honest livelihood, are forced to employ all their time in strolling to beg sustenance for their helpless infants: who as they grow up either turn thieves for want of work, or leave their dear native country to fight for the Pretender in Spain, or sell themselves to the Barbadoes.
I think it is agreed by all parties that this prodigious number of children in the arms, or on the backs, or at the heels of their mothers, and frequently of their fathers, is in the present deplorable state of the kingdom a very great additional grievance; and, therefore, whoever could find out a fair, cheap, and easy method of making these children sound, useful members of the commonwealth, would deserve so well of the public as to have his statue set up for a preserver of the nation.
But my intention is very far from being confined to provide only for the children of professed beggars; it is of a much greater extent, and shall take in the whole number of infants at a certain age who are born of parents in effect as little able to support them as those who demand our charity in the streets.
”I have been assured by a very knowing American of my acquaintance in London, that a young healthy child well nursed is at a year old a most delicious, nourishing, and wholesome food, whether stewed, roasted, baked, or boiled ...”
As to my own part, having turned my thoughts for many years upon this important subject, and maturely weighed the several schemes of other projectors, I have always found them grossly mistaken in the computation. It is true, a child just dropped from its dam may be supported by her milk for a solar year, with little other nourishment; at most not above the value of 2s., which the mother may certainly get, or the value in scraps, by her lawful occupation of begging; and it is exactly at one year old that I propose to provide for them in such a manner as instead of being a charge upon their parents or the parish, or wanting food and raiment for the rest of their lives, they shall on the contrary contribute to the feeding, and partly to the clothing, of many thousands.
There is likewise another great advantage in my scheme, that it will prevent those voluntary abortions, and that horrid practice of women murdering their bastard children, alas! too frequent among us! sacrificing the poor innocent babes I doubt more to avoid the expense than the shame, which would move tears and pity in the most savage and inhuman breast.
The number of souls in this kingdom being usually reckoned one million and a half, of these I calculate there may be about two hundred thousand couple whose wives are breeders; from which number I subtract thirty thousand couples who are able to maintain their own children, although I apprehend there cannot be so many, under the present distresses of the kingdom; but this being granted, there will remain an hundred and seventy thousand breeders. I again subtract fifty thousand for those women who miscarry, or whose children die by accident or disease within the year. There only remains one hundred and twenty thousand children of poor parents annually born. The question therefore is, how this number shall be reared and provided for, which, as I have already said, under the present situation of affairs, is utterly impossible by all the methods hitherto proposed. For we can neither employ them in handicraft or agriculture; we neither build houses (I mean in the country) nor cultivate land: they can very seldom pick up a livelihood by stealing, till they arrive at six years old, except where they are of towardly parts, although I confess they learn the rudiments much earlier, during which time, they can however be properly looked upon only as probationers, as I have been informed by a principal gentleman in the county of Cavan, who protested to me that he never knew above one or two instances under the age of six, even in a part of the kingdom so renowned for the quickest proficiency in that art.
I am assured by our merchants, that a boy or a girl before twelve years old is no salable commodity; and even when they come to this age they will not yield above three pounds, or three pounds and half-a-crown at most on the exchange; which cannot turn to account either to the parents or kingdom, the charge of nutriment and rags having been at least four times that value.
I shall now therefore humbly propose my own thoughts, which I hope will not be liable to the least objection.
I have been assured by a very knowing American of my acquaintance in London, that a young healthy child well nursed is at a year old a most delicious, nourishing, and wholesome food, whether stewed, roasted, baked, or boiled; and I make no doubt that it will equally serve in a fricassee or a ragout.
I do therefore humbly offer it to public consideration that of the hundred and twenty thousand children already computed, twenty thousand may be reserved for breed, whereof only one-fourth part to be males; which is more than we allow to sheep, black cattle or swine; and my reason is, that these children are seldom the fruits of marriage, a circumstance not much regarded by our savages, therefore one male will be sufficient to serve four females. That the remaining hundred thousand may, at a year old, be offered in the sale to the persons of quality and fortune through the kingdom; always advising the mother to let them suck plentifully in the last month, so as to render them plump and fat for a good table. A child will make two dishes at an entertainment for friends; and when the family dines alone, the fore or hind quarter will make a reasonable dish, and seasoned with a little pepper or salt will be very good boiled on the fourth day, especially in winter.
I have reckoned upon a medium that a child just born will weigh 12 pounds, and in a solar year, if tolerably nursed, increaseth to 28 pounds.
I grant this food will be somewhat dear, and therefore very proper for landlords, who, as they have already devoured most of the parents, seem to have the best title to the children.
Infant's flesh will be in season throughout the year, but more plentiful in March, and a little before and after; for we are told by a grave author, an eminent French physician, that fish being a prolific diet, there are more children born in Roman Catholic countries about nine months after Lent than at any other season; therefore, reckoning a year after Lent, the markets will be more glutted than usual, because the number of popish infants is at least three to one in this kingdom: and therefore it will have one other collateral advantage, by lessening the number of papists among us.
I have already computed the charge of nursing a beggar's child (in which list I reckon all cottagers, laborers, and four-fifths of the farmers) to be about two shillings per annum, rags included; and I believe no gentleman would repine to give ten shillings for the carcass of a good fat child, which, as I have said, will make four dishes of excellent nutritive meat, when he hath only some particular friend or his own family to dine with him. Thus the squire will learn to be a good landlord, and grow popular among his tenants; the mother will have eight shillings net profit, and be fit for work till she produces another child.
Those who are more thrifty (as I must confess the times require) may flay the carcass; the skin of which artificially dressed will make admirable gloves for ladies, and summer boots for fine gentlemen.
As to our city of Dublin, shambles may be appointed for this purpose in the most convenient parts of it, and butchers we may be assured will not be wanting; although I rather recommend buying the children alive, and dressing them hot from the knife, as we do roasting pigs.
A very worthy person, a true lover of his country, and whose virtues I highly esteem, was lately pleased in discoursing on this matter to offer a refinement upon my scheme. He said that many gentlemen of this kingdom, having of late destroyed their deer, he conceived that the want of venison might be well supplied by the bodies of young lads and maidens, not exceeding fourteen years of age nor under twelve; so great a number of both sexes in every country being now ready to starve for want of work and service; and these to be disposed of by their parents, if alive, or otherwise by their nearest relations. But with due deference to so excellent a friend and so deserving a patriot, I cannot be altogether in his sentiments; for as to the males, my American acquaintance assured me, from frequent experience, that their flesh was generally tough and lean, like that of our schoolboys by continual exercise, and their taste disagreeable; and to fatten them would not answer the charge. Then as to the females, it would, I think, with humble submission be a loss to the public, because they soon would become breeders themselves; and besides, it is not improbable that some scrupulous people might be apt to censure such a practice (although indeed very unjustly), as a little bordering upon cruelty; which, I confess, hath always been with me the strongest objection against any project, however so well intended.
But in order to justify my friend, he confessed that this expedient was put into his head by the famous Psalmanazar, a native of the island Formosa, who came from thence to London above twenty years ago, and in conversation told my friend, that in his country when any young person happened to be put to death, the executioner sold the carcass to persons of quality as a prime dainty; and that in his time the body of a plump girl of fifteen, who was crucified for an attempt to poison the emperor, was sold to his imperial majesty's prime minister of state, and other great mandarins of the court, in joints from the gibbet, at four hundred crowns. Neither indeed can I deny, that if the same use were made of several plump young girls in this town, who without one single groat to their fortunes cannot stir abroad without a chair, and appear at playhouse and assemblies in foreign fineries which they never will pay for, the kingdom would not be the worse.
Some persons of a desponding spirit are in great concern about that vast number of poor people, who are aged, diseased, or maimed, and I have been desired to employ my thoughts what course may be taken to ease the nation of so grievous an encumbrance. But I am not in the least pain upon that matter, because it is very well known that they are every day dying and rotting by cold and famine, and filth and vermin, as fast as can be reasonably expected. And as to the young laborers, they are now in as hopeful a condition; they cannot get work, and consequently pine away for want of nourishment, to a degree that if at any time they are accidentally hired to common labor, they have not strength to perform it; and thus the country and themselves are happily delivered from the evils to come.
I have too long digressed, and therefore shall return to my subject. I think the advantages by the proposal which I have made are obvious and many, as well as of the highest importance.
For first, as I have already observed, it would greatly lessen the number of papists, with whom we are yearly overrun, being the principal breeders of the nation as well as our most dangerous enemies; and who stay at home on purpose with a design to deliver the kingdom to the Pretender, hoping to take their advantage by the absence of so many good protestants, who have chosen rather to leave their country than stay at home and pay tithes against their conscience to an episcopal curate.
Secondly, The poorer tenants will have something valuable of their own, which by law may be made liable to distress and help to pay their landlord's rent, their corn and cattle being already seized, and money a thing unknown.
Thirdly, Whereas the maintenance of an hundred thousand children, from two years old and upward, cannot be computed at less than ten shillings a-piece per annum, the nation's stock will be thereby increased fifty thousand pounds per annum, beside the profit of a new dish introduced to the tables of all gentlemen of fortune in the kingdom who have any refinement in taste. And the money will circulate among ourselves, the goods being entirely of our own growth and manufacture.
Fourthly, The constant breeders, beside the gain of eight shillings sterling per annum by the sale of their children, will be rid of the charge of maintaining them after the first year.
Fifthly, This food would likewise bring great custom to taverns; where the vintners will certainly be so prudent as to procure the best receipts for dressing it to perfection, and consequently have their houses frequented by all the fine gentlemen, who justly value themselves upon their knowledge in good eating: and a skilful cook, who understands how to oblige his guests, will contrive to make it as expensive as they please.
Sixthly, This would be a great inducement to marriage, which all wise nations have either encouraged by rewards or enforced by laws and penalties. It would increase the care and tenderness of mothers toward their children, when they were sure of a settlement for life to the poor babes, provided in some sort by the public, to their annual profit instead of expense. We should see an honest emulation among the married women, which of them could bring the fattest child to the market. Men would become as fond of their wives during the time of their pregnancy as they are now of their mares in foal, their cows in calf, their sows when they are ready to farrow; nor offer to beat or kick them (as is too frequent a practice) for fear of a miscarriage.
Many other advantages might be enumerated. For instance, the addition of some thousand carcasses in our exportation of barreled beef, the propagation of swine's flesh, and improvement in the art of making good bacon, so much wanted among us by the great destruction of pigs, too frequent at our tables; which are no way comparable in taste or magnificence to a well-grown, fat, yearling child, which roasted whole will make a considerable figure at a lord mayor's feast or any other public entertainment. But this and many others I omit, being studious of brevity.
Supposing that one thousand families in this city, would be constant customers for infants flesh, besides others who might have it at merry meetings, particularly at weddings and christenings, I compute that Dublin would take off annually about twenty thousand carcasses; and the rest of the kingdom (where probably they will be sold somewhat cheaper) the remaining eighty thousand.
I can think of no one objection, that will possibly be raised against this proposal, unless it should be urged, that the number of people will be thereby much lessened in the kingdom. This I freely own, and 'twas indeed one principal design in offering it to the world. I desire the reader will observe, that I calculate my remedy for this one individual Kingdom of Ireland, and for no other that ever was, is, or, I think, ever can be upon Earth. Therefore let no man talk to me of other expedients: Of taxing our absentees at five shillings a pound: Of using neither cloaths, nor houshold furniture, except what is of our own growth and manufacture: Of utterly rejecting the materials and instruments that promote foreign luxury: Of curing the expensiveness of pride, vanity, idleness, and gaming in our women: Of introducing a vein of parsimony, prudence and temperance: Of learning to love our country, wherein we differ even from Laplanders, and the inhabitants of Topinamboo: Of quitting our animosities and factions, nor acting any longer like the Jews, who were murdering one another at the very moment their city was taken: Of being a little cautious not to sell our country and consciences for nothing: Of teaching landlords to have at least one degree of mercy towards their tenants. Lastly, of putting a spirit of honesty, industry, and skill into our shop-keepers, who, if a resolution could now be taken to buy only our native goods, would immediately unite to cheat and exact upon us in the price, the measure, and the goodness, nor could ever yet be brought to make one fair proposal of just dealing, though often and earnestly invited to it.
Therefore I repeat, let no man talk to me of these and the like expedients, 'till he hath at least some glympse of hope, that there will ever be some hearty and sincere attempt to put them into practice.
But, as to my self, having been wearied out for many years with offering vain, idle, visionary thoughts, and at length utterly despairing of success, I fortunately fell upon this proposal, which, as it is wholly new, so it hath something solid and real, of no expence and little trouble, full in our own power, and whereby we can incur no danger in disobliging England. For this kind of commodity will not bear exportation, and flesh being of too tender a consistence, to admit a long continuance in salt, although perhaps I could name a country, which would be glad to eat up our whole nation without it.
After all, I am not so violently bent upon my own opinion as to reject any offer proposed by wise men, which shall be found equally innocent, cheap, easy, and effectual. But before something of that kind shall be advanced in contradiction to my scheme, and offering a better, I desire the author or authors will be pleased maturely to consider two points. First, as things now stand, how they will be able to find food and raiment for an hundred thousand useless mouths and backs. And secondly, there being a round million of creatures in human figure throughout this kingdom, whose whole subsistence put into a common stock would leave them in debt two millions of pounds sterling, adding those who are beggars by profession to the bulk of farmers, cottagers, and laborers, with their wives and children who are beggars in effect: I desire those politicians who dislike my overture, and may perhaps be so bold as to attempt an answer, that they will first ask the parents of these mortals, whether they would not at this day think it a great happiness to have been sold for food, at a year old in the manner I prescribe, and thereby have avoided such a perpetual scene of misfortunes as they have since gone through by the oppression of landlords, the impossibility of paying rent without money or trade, the want of common sustenance, with neither house nor clothes to cover them from the inclemencies of the weather, and the most inevitable prospect of entailing the like or greater miseries upon their breed for ever.
I profess, in the sincerity of my heart, that I have not the least personal interest in endeavoring to promote this necessary work, having no other motive than the public good of my country, by advancing our trade, providing for infants, relieving the poor, and giving some pleasure to the rich. I have no children by which I can propose to get a single penny; the youngest being nine years old, and my wife past child-bearing.
The End
sexta-feira, julho 18, 2003
Aviz
Hoje contaram-me umas estórias sobre Aviz e as suas gentes num contexto muito peculiar: a resposta a um inquérito do INE... Talvez daí saia uma estória para aqui pôr mas isso exige tempo...
Por hoje fico-me com uma simples referência a esse outro Aviz que por aqui anda e que lança um grito que ecoa um pouco por todos os blogs - por este também, certamente. Enfiada parte do barrete, surripio as últimas palavras que me tocaram muito por me identificar com elas. Se houve coisa que aprendi com os velhos é que há um divertimento supremo em rebolar a rir de nós próprios. É mais difícil do que parece, pelo menos para mim, por enquanto... Ora experimentem.
Do Aviz:
(...) E o riso. O riso de todas as maneiras. O riso devia ser o centro de muitos debates, contra o risco de intelectualizar toda a linguagem, isto é, de lhe criar uma autoridade escolar em anexo (sim, como attachment). Há pessoas que riem muito, há pessoas que riem pouco, há pessoas que só riem e há gente que não ri nem sabe rir. Não é obrigatório rir em nenhuma circunstância (o Nuno Costa Santos criticava essa tendência para a «obrigatoriedade do humor» nos blogs, a obrigatoriedade de se «ser engraçado»), mas o riso é um caminho que nunca se pode evitar. Tal como a ironia, a piada. A pequena piada. E rir de si próprio sobretudo, não se levar tão a sério.
Hoje contaram-me umas estórias sobre Aviz e as suas gentes num contexto muito peculiar: a resposta a um inquérito do INE... Talvez daí saia uma estória para aqui pôr mas isso exige tempo...
Por hoje fico-me com uma simples referência a esse outro Aviz que por aqui anda e que lança um grito que ecoa um pouco por todos os blogs - por este também, certamente. Enfiada parte do barrete, surripio as últimas palavras que me tocaram muito por me identificar com elas. Se houve coisa que aprendi com os velhos é que há um divertimento supremo em rebolar a rir de nós próprios. É mais difícil do que parece, pelo menos para mim, por enquanto... Ora experimentem.
Do Aviz:
(...) E o riso. O riso de todas as maneiras. O riso devia ser o centro de muitos debates, contra o risco de intelectualizar toda a linguagem, isto é, de lhe criar uma autoridade escolar em anexo (sim, como attachment). Há pessoas que riem muito, há pessoas que riem pouco, há pessoas que só riem e há gente que não ri nem sabe rir. Não é obrigatório rir em nenhuma circunstância (o Nuno Costa Santos criticava essa tendência para a «obrigatoriedade do humor» nos blogs, a obrigatoriedade de se «ser engraçado»), mas o riso é um caminho que nunca se pode evitar. Tal como a ironia, a piada. A pequena piada. E rir de si próprio sobretudo, não se levar tão a sério.
quinta-feira, julho 17, 2003
O país minguante
O cromo mais repetido que há neste país tem cerca de 28 anos. Foi por volta de 1975 1976 que o número de nascimentos em Portugal registou o último pico, dai em diante até 1995 sucederam-se diminuições de nascimentos anuais. A quebra parece ter estancado nesse ano com ligeiras recuperações anuais desde então (excepção: ano 2001).
Hoje o INE divulga os dados mais recentes apontando para uma nova recuperação, ténue, no número de nascimentos.
Felizmente a demografia não é uma ciência exacta. Se o fosse o quebra de natalidade que registamos não deveria ter parado. E as projecções mais catastrofistas com consequências, por exemplo, na ruptura do sistema de segurança social estariam na iminência de se comprovarem a muito curto prazo.
A que se devem estas recuperações? Talvez um pouco às comunidades aqui imigradas, talvez devido a alguma singularidade temporal de termos a chegar à idade mais profícua um contingente significativo de indivíduos, talvez devido a algum incremento nos segundos e terceiros filhos em idades mais tardias. Um teste aos número talvez seja esclarecedor.
O facto que aqui comento é, no entanto, a incremento ténue de que falei e a apatia geral para o problema. Tão ténue que nem com a chacina diária nas estradas, nem com as outras mortes que nos vão ceifando há cerca de 28 anos acredito que tenhamos deixado de ser o cromo mais repetido.
Uma das leis modernas da demografia que está aí para se quebrar afirma que os filhos vêm cada vez mais tarde e com menos frequência...
“É o individualismo! Já ninguém se dispõe a ter filhos! O mundo é um lugar horrível!” Será por isto?
Estamos nos suicidando a bem da natureza?
Quanto mais tarde surge o primeiro mais provável é que os desejos fiquem por cumprir. Que desejos? Em 2001 num congresso sobre estudos da população em Helsinquia alguns especialistas sublinharam precisamente essa incompletude descrita pelas mulheres inquiridas ( de várias nacionalidades de origem europeia).
A maioria gostava de ter tido dois ou mais filhos mas a carreira, a perda de alguma liberdade, a desagregação da família, os custos financeiros apareciam numa enorme lista de limitações… Em cada país identificam-se prioridades diferentes mas o resultado final tem variado pouco, assim como aquele que parece ser o desejo profundo (pelo menos) das mulheres.
Neste país minguante onde vivemos, nada de verdadeiramente activo e estruturado temos feito para enfrentar este problema. Assumimo-lo como inevitável e cruzamos os braços e o resto… O máximo que fazemos é discutir a questão económica entregando a propostas neo-liberais à "solução" para o aterrador cataclismo que sobre nós se vai abatendo paulatinamente.
Não havendo, historicamente, soluções fáceis - pois tocamos incontornavelmente na vontade íntima de cada um - há algumas experiências felizes por esse mundo fora que poderão reduzir as dimensões agonizantes do problema e conferir-nos alguma hipótese de equilíbrio.
Acredito que haja, de facto, limitações importantes para quem quer formar uma família. A realidade que temos é também em boa parte uma consequência do ajustamento económico que temos na sociedade em geral e nos meios urbanos em particular.
Por que raio não estamos nós dispostos a mexer uma palha para enfrentar este problema? Ou não há problema?
O cromo mais repetido que há neste país tem cerca de 28 anos. Foi por volta de 1975 1976 que o número de nascimentos em Portugal registou o último pico, dai em diante até 1995 sucederam-se diminuições de nascimentos anuais. A quebra parece ter estancado nesse ano com ligeiras recuperações anuais desde então (excepção: ano 2001).
Hoje o INE divulga os dados mais recentes apontando para uma nova recuperação, ténue, no número de nascimentos.
Felizmente a demografia não é uma ciência exacta. Se o fosse o quebra de natalidade que registamos não deveria ter parado. E as projecções mais catastrofistas com consequências, por exemplo, na ruptura do sistema de segurança social estariam na iminência de se comprovarem a muito curto prazo.
A que se devem estas recuperações? Talvez um pouco às comunidades aqui imigradas, talvez devido a alguma singularidade temporal de termos a chegar à idade mais profícua um contingente significativo de indivíduos, talvez devido a algum incremento nos segundos e terceiros filhos em idades mais tardias. Um teste aos número talvez seja esclarecedor.
O facto que aqui comento é, no entanto, a incremento ténue de que falei e a apatia geral para o problema. Tão ténue que nem com a chacina diária nas estradas, nem com as outras mortes que nos vão ceifando há cerca de 28 anos acredito que tenhamos deixado de ser o cromo mais repetido.
Uma das leis modernas da demografia que está aí para se quebrar afirma que os filhos vêm cada vez mais tarde e com menos frequência...
“É o individualismo! Já ninguém se dispõe a ter filhos! O mundo é um lugar horrível!” Será por isto?
Estamos nos suicidando a bem da natureza?
Quanto mais tarde surge o primeiro mais provável é que os desejos fiquem por cumprir. Que desejos? Em 2001 num congresso sobre estudos da população em Helsinquia alguns especialistas sublinharam precisamente essa incompletude descrita pelas mulheres inquiridas ( de várias nacionalidades de origem europeia).
A maioria gostava de ter tido dois ou mais filhos mas a carreira, a perda de alguma liberdade, a desagregação da família, os custos financeiros apareciam numa enorme lista de limitações… Em cada país identificam-se prioridades diferentes mas o resultado final tem variado pouco, assim como aquele que parece ser o desejo profundo (pelo menos) das mulheres.
Neste país minguante onde vivemos, nada de verdadeiramente activo e estruturado temos feito para enfrentar este problema. Assumimo-lo como inevitável e cruzamos os braços e o resto… O máximo que fazemos é discutir a questão económica entregando a propostas neo-liberais à "solução" para o aterrador cataclismo que sobre nós se vai abatendo paulatinamente.
Não havendo, historicamente, soluções fáceis - pois tocamos incontornavelmente na vontade íntima de cada um - há algumas experiências felizes por esse mundo fora que poderão reduzir as dimensões agonizantes do problema e conferir-nos alguma hipótese de equilíbrio.
Acredito que haja, de facto, limitações importantes para quem quer formar uma família. A realidade que temos é também em boa parte uma consequência do ajustamento económico que temos na sociedade em geral e nos meios urbanos em particular.
Por que raio não estamos nós dispostos a mexer uma palha para enfrentar este problema? Ou não há problema?
Read my lips, no more...
Este mundo anda muito sério...
Segue uma piada absolutamente verdadeira que chegou via mail:
Donald Rumsfeld died and went to heaven. As he stood in front of St.Peter
at the Pearly Gates, he saw a huge wall of clocks behind him. He asked,
"What are all those clocks?"
St.Peter answered, "Those are Lie-Clocks. Everyone on Earth has a
Lie-Clock.Every time you lie the hands on your clock will move."
"Oh," said Rumsfeld, "whose clock is that?"
"That's Mother Teresa's. The hands have never moved, indicating that she
never told a lie."
"Impressive," said Rumsfeld. "And whose clock is that one?"
St.Peter responded, "That's Abraham Lincoln's clock. The hands have moved
twice,telling us that Abe told only two lies in his entire life."
"Where's Bush's clock?" asked Rumsfeld.
"Bush's clock is in Jesus' office. He's using it as a ceiling fan."
E agora a verdadeira anedota, a tradução do inglês para português do Google:
Donald Rumsfeld morreu e foi ao heaven. Enquanto estêve na frente de St.Peter nas portas pearly, viu uma parede enorme dos pulsos de disparo atrás dele. Pediu, "o que são todos aqueles pulsos de disparo?" St.Peter respondido, "aqueles são Encontr-Pulsos de disparo. Todos na terra tem uma estadia onde de Lie-Clock.Every você se encontra as mãos em seu pulso de disparo se moverá." o "Oh," disse Rumsfeld, "cujo o pulso de disparo é aquele?" "Que É Mãe Teresa. As mãos nunca moveram-se, indicando que nunca disse uma mentira." "impressive," disse Rumsfeld. "e cujo o pulso de disparo é esse?" St.Peter respondeu, "que é pulso de disparo de Abraham Lincoln. As mãos moveram-se duas vezes, dizendo nos que Abe disse somente duas mentiras em sua vida inteira." "onde é o pulso de disparo do arbusto?" Rumsfeld pedido. do "o pulso de disparo arbusto está no escritório de Jesus'. Está usando-o como um ventilador do teto."
Este mundo anda muito sério...
Segue uma piada absolutamente verdadeira que chegou via mail:
Donald Rumsfeld died and went to heaven. As he stood in front of St.Peter
at the Pearly Gates, he saw a huge wall of clocks behind him. He asked,
"What are all those clocks?"
St.Peter answered, "Those are Lie-Clocks. Everyone on Earth has a
Lie-Clock.Every time you lie the hands on your clock will move."
"Oh," said Rumsfeld, "whose clock is that?"
"That's Mother Teresa's. The hands have never moved, indicating that she
never told a lie."
"Impressive," said Rumsfeld. "And whose clock is that one?"
St.Peter responded, "That's Abraham Lincoln's clock. The hands have moved
twice,telling us that Abe told only two lies in his entire life."
"Where's Bush's clock?" asked Rumsfeld.
"Bush's clock is in Jesus' office. He's using it as a ceiling fan."
E agora a verdadeira anedota, a tradução do inglês para português do Google:
Donald Rumsfeld morreu e foi ao heaven. Enquanto estêve na frente de St.Peter nas portas pearly, viu uma parede enorme dos pulsos de disparo atrás dele. Pediu, "o que são todos aqueles pulsos de disparo?" St.Peter respondido, "aqueles são Encontr-Pulsos de disparo. Todos na terra tem uma estadia onde de Lie-Clock.Every você se encontra as mãos em seu pulso de disparo se moverá." o "Oh," disse Rumsfeld, "cujo o pulso de disparo é aquele?" "Que É Mãe Teresa. As mãos nunca moveram-se, indicando que nunca disse uma mentira." "impressive," disse Rumsfeld. "e cujo o pulso de disparo é esse?" St.Peter respondeu, "que é pulso de disparo de Abraham Lincoln. As mãos moveram-se duas vezes, dizendo nos que Abe disse somente duas mentiras em sua vida inteira." "onde é o pulso de disparo do arbusto?" Rumsfeld pedido. do "o pulso de disparo arbusto está no escritório de Jesus'. Está usando-o como um ventilador do teto."
"Só acredito em 5% do que se lê nos jornais!"
Sempre que me chega ao conhecimento mais uma triste notícia como esta onde os relatores da verdade dão largas à sua vocação de ficcionistas sem darem conta desses ofícios, vêm-me as palavras pouco crédulas do nosso antigo primeiro ministro à cabeça... Naturalmente não se pode tomar a parte pelo todo mas, antes desta notícia ficcionada, receberamos más novas do New York Times, do El Pais, entre outros, com criações do mesmo género e no espaço de poucas semanas. Quem anda pelos jornais sobe muito melhor do que eu de onde vem este mal e julgo que não será preciso ser muito especializado no assunto para encontrar algumas respostas, mas enquanto leitor e agente passivo tenho de ir perguntando com que tipo de lentes e com quantas dioptrias teremos de ler esta imprensa que nos chega? É indispensável que se ponha em causa todo o edifício sempre que estas notícias se repetem. Adiante.
Apesar desta lavagem dos porões em muitos jornais, com o inconveniente de se fazer em mar alto para prejuízo de todos, resta o consolo de acreditar que na luta por princípios e valores éticos parece estar a fazer-se o ponto de ordem correcto.
Antes isto do que o enraizamento (ainda?) mais profundo da “produção” de notícias feitas à medida.
Para mal dos murros no estômago que ainda aí venham, limpem bem o navio e adiram imediatamente ao tratamento continuado de efluentes para ver se deixa de cheirar mal.
Por favor!
Sempre que me chega ao conhecimento mais uma triste notícia como esta onde os relatores da verdade dão largas à sua vocação de ficcionistas sem darem conta desses ofícios, vêm-me as palavras pouco crédulas do nosso antigo primeiro ministro à cabeça... Naturalmente não se pode tomar a parte pelo todo mas, antes desta notícia ficcionada, receberamos más novas do New York Times, do El Pais, entre outros, com criações do mesmo género e no espaço de poucas semanas. Quem anda pelos jornais sobe muito melhor do que eu de onde vem este mal e julgo que não será preciso ser muito especializado no assunto para encontrar algumas respostas, mas enquanto leitor e agente passivo tenho de ir perguntando com que tipo de lentes e com quantas dioptrias teremos de ler esta imprensa que nos chega? É indispensável que se ponha em causa todo o edifício sempre que estas notícias se repetem. Adiante.
Apesar desta lavagem dos porões em muitos jornais, com o inconveniente de se fazer em mar alto para prejuízo de todos, resta o consolo de acreditar que na luta por princípios e valores éticos parece estar a fazer-se o ponto de ordem correcto.
Antes isto do que o enraizamento (ainda?) mais profundo da “produção” de notícias feitas à medida.
Para mal dos murros no estômago que ainda aí venham, limpem bem o navio e adiram imediatamente ao tratamento continuado de efluentes para ver se deixa de cheirar mal.
Por favor!
Wilkomen!
Respondendo a um pedido de um caríssimo leitor divulgamos o seguinte apelo:
Ao cuidado de sua excelência o ministro dos negócios estrangeiros:
Tendo tido conhecimento de inultrapassáveis condicionalismos de última hora que prejudicaram o merecido e há muito planeado descanso em terras italianas de muitos e ilustres cidadãos alemães, venho por este meio disponibilizar a minha casa e a tradicional hospitalidade portuguesa, de que julgo ser modesto mas inegável exemplo, aos ditos concidadãos.
Perante tamanha oportunidade, considero quase um dever de cidadania oferecer ao estado português um auxílio dedicado que possa permitir o bom sucesso desta singular empresa que, de certo, está já em curso.
Espero que se juntem neste propósito muitos portugueses.
Ao seu inteiro dispor,
Virgulino Poltronas
Respondendo a um pedido de um caríssimo leitor divulgamos o seguinte apelo:
Ao cuidado de sua excelência o ministro dos negócios estrangeiros:
Tendo tido conhecimento de inultrapassáveis condicionalismos de última hora que prejudicaram o merecido e há muito planeado descanso em terras italianas de muitos e ilustres cidadãos alemães, venho por este meio disponibilizar a minha casa e a tradicional hospitalidade portuguesa, de que julgo ser modesto mas inegável exemplo, aos ditos concidadãos.
Perante tamanha oportunidade, considero quase um dever de cidadania oferecer ao estado português um auxílio dedicado que possa permitir o bom sucesso desta singular empresa que, de certo, está já em curso.
Espero que se juntem neste propósito muitos portugueses.
Ao seu inteiro dispor,
Virgulino Poltronas
quarta-feira, julho 16, 2003
Sobre as pedras da calçada
Uma palavra puxa a outra e o José Mário Silva teve a simpatia de me visitar e de deixar também uma simpática referência sobre este que lêem no seminal Blog-de-Esquerda. Só assim percebi as tantas visitas que aqui vieram hoje. Resta-me agradecer e lembrar que já leio "posts" do José Mário Silva há uns anos, desde o DN Jovem ;)
Um abraço e até um dia!
Uma palavra puxa a outra e o José Mário Silva teve a simpatia de me visitar e de deixar também uma simpática referência sobre este que lêem no seminal Blog-de-Esquerda. Só assim percebi as tantas visitas que aqui vieram hoje. Resta-me agradecer e lembrar que já leio "posts" do José Mário Silva há uns anos, desde o DN Jovem ;)
Um abraço e até um dia!
Espanha vs Portugal (act.)
A propósito desta notícia do DE:
De princípio, atendendo aos compromissos assumidos por Portugal, pouco haveria a argumentar para impedir o acesso à zona económica exclusiva portuguesa por parte das frotas pesqueiras dos nossos vizinhos, nomeadamente, a espanhola. Mas quase sempre que nos põem à prova o cumprimento da nossa palavra e depois de muitos e muitos de nós termos afirmado que era hora de pagar um bocadinho da factura anexa à entrada no UE vêm à ribalta a esperteza saloia de outrém.
O governo espanhol continua a fazer tábua rasa dos ultimatos que a União Europeia fez no sentido de eliminar imediatamente as barreiras ao livre exercício de direitos por parte de empresas estrangeiras a operar em Espanha, mesmo que possuam ainda capital público desde que minoritário. Como por exemplo a EDP.
É difícil ser um país de palavra quando a quem menos deveria custar - a Espanha tem pouco a invejar em desenvolvimento económico face ao nosso estimado país - raramente se vêem cumprir as promessas.
A tentação de mudar sistematicamente as leis do jogo permanece e sempre é o mais forte a fazer lei. A base da União Europeia passa pela conciliação, pela mitigação de um exercício absoluta da força dos grandes, que a ter rédea solta facilmente poderia fazer-nos regressar ao passado das guerras. Qual é o nosso papel então?
Com dignidade e firmeza compete-nos reclamar o que está estabelecido em todas as áreas de envolvimento europeu, mesmo as que nos custam, mas dando-nos ao respeito. E esse mínimo não podemos dispensar nunca. Espero que assim façam os nossos governantes.
A propósito desta notícia do DE:
De princípio, atendendo aos compromissos assumidos por Portugal, pouco haveria a argumentar para impedir o acesso à zona económica exclusiva portuguesa por parte das frotas pesqueiras dos nossos vizinhos, nomeadamente, a espanhola. Mas quase sempre que nos põem à prova o cumprimento da nossa palavra e depois de muitos e muitos de nós termos afirmado que era hora de pagar um bocadinho da factura anexa à entrada no UE vêm à ribalta a esperteza saloia de outrém.
O governo espanhol continua a fazer tábua rasa dos ultimatos que a União Europeia fez no sentido de eliminar imediatamente as barreiras ao livre exercício de direitos por parte de empresas estrangeiras a operar em Espanha, mesmo que possuam ainda capital público desde que minoritário. Como por exemplo a EDP.
É difícil ser um país de palavra quando a quem menos deveria custar - a Espanha tem pouco a invejar em desenvolvimento económico face ao nosso estimado país - raramente se vêem cumprir as promessas.
A tentação de mudar sistematicamente as leis do jogo permanece e sempre é o mais forte a fazer lei. A base da União Europeia passa pela conciliação, pela mitigação de um exercício absoluta da força dos grandes, que a ter rédea solta facilmente poderia fazer-nos regressar ao passado das guerras. Qual é o nosso papel então?
Com dignidade e firmeza compete-nos reclamar o que está estabelecido em todas as áreas de envolvimento europeu, mesmo as que nos custam, mas dando-nos ao respeito. E esse mínimo não podemos dispensar nunca. Espero que assim façam os nossos governantes.
terça-feira, julho 15, 2003
Défice engorda
Elevado à categoria de desígnio nacional, temos agora mais um estímulo à frustração (aqui).
OE2003
Défice global do Estado agrava-se
O défice global do subsector Estado agravou-se 23,7 por cento no primneiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2002, revelou a Direcção-Geral do Orçamento. De acordo com a mesma fonte, a despesa corrente subiu e a receita desceu.
Elevado à categoria de desígnio nacional, temos agora mais um estímulo à frustração (aqui).
OE2003
Défice global do Estado agrava-se
O défice global do subsector Estado agravou-se 23,7 por cento no primneiro semestre deste ano face ao mesmo período de 2002, revelou a Direcção-Geral do Orçamento. De acordo com a mesma fonte, a despesa corrente subiu e a receita desceu.
La verdad del Prestige?
A internet é de facto um meio cheio de virtudes.
Eis um cativante contributo para que não morra tão cedo a discussão sobre "as verdades" que envolvem alguns casos que nos atormentaram e que não ficaram bem esclarecidos no curto tempo em que tiveram direito à ribalta.
Na Espanha a discussão continua...
Vamos treinar o castellano? Ora espreitem esta animação:
http://www.milinkito.com/prestige/prestige.html
A internet é de facto um meio cheio de virtudes.
Eis um cativante contributo para que não morra tão cedo a discussão sobre "as verdades" que envolvem alguns casos que nos atormentaram e que não ficaram bem esclarecidos no curto tempo em que tiveram direito à ribalta.
Na Espanha a discussão continua...
Vamos treinar o castellano? Ora espreitem esta animação:
http://www.milinkito.com/prestige/prestige.html
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